Deputado afirma que legalização de jogos trará bons resultados para a economia do país

Dep. Júlio Lopes quer a legalização dos jogos

"Respeito totalmente a posição dos segmentos religiosos que não vêem com bons olhos a aprovação da lei que legaliza os jogos no país, mas essa lei trará um aumento significativo na receita dos estados através do pagamento de impostos, além de gerar um grande número de novos empregos". Essa é a posição do deputado Júlio Lopes (Progressista), que votou favorável pela aprovação da lei que legaliza os jogos no país.

De acordo com o com ele, o que ocorre é uma falta de visão por parte de religiosos que não entendem que mesmo com a proibição, essa atividade continuará ocorrendo na clandestinidade e sem trazer nenhum retorno para a economia dos estados onde elas são praticadas.

   - Existem hoje alguns mecanismos que protegem a sociedade no que diz respeito a liberação de jogos, como identificar através do CPF da pessoa se ela possui algum problema com apostas e assim impedir sua entrada no cassino. Para vc ter uma ideia, quando vc faz uma aposta através de um site, vc está dando dinheiro para uma empresa no exterior; porém se essa aposta fosse feita aqui, geraria imposto para o estado - explicou.

   O parlamentar destacou ainda que por se considerar uma pessoa conservadora, compreende a questão moral que o assunto envolve; por isso é favorável que sejam criados critérios para que se tenha um controle sobre possíveis abusos e vicios de apostadores, bem como a criação de politicas públicas para que esses usuários recebam atendimento caso necessário.

  - Vale lembrar que em 1946 o então presidente Eurico Gaspar Dutra proibiu o jogo alegando que seria em benefício da moral e dos bons costumes. Na época os cassinos possuíam orquestras e realizavam grandes shows e espetáculos, que por fim terminaram, porém o jogo continuou ali firme e forte. Vivemos hoje outros tempos, em que a moralidade e os bons costumes jamais serão colocados de lado; mas também não podemos deixar de nos lembrar da necessidade de se criar forma de sustento legalizado para os milhares de profissionais que hoje atuam clandestinamente no setor - explicou Júlio.