Deputado Bolsonarista Alberto Fraga disse que não usa chupeta, e sim, revólver mesmo para Janones, que disse que estava sendo ameaçado

Deputado Bolsonarista Alberto Fraga disse que não usa chupeta, e sim, revólver mesmo para Janones,  que disse que estava sendo ameaçado

O deputado federal André Janones (Avante-MG) admitiu nesta quarta-feira (29) ter sido o parlamentar que usou o microfone na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da Câmara, na terça (28), para chamar o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) de "chupetinha".

Janones, no entanto, negou que tenha usado a palavra com conotação homofóbica.

A ofensa ocorreu durante um tumulto na sessão convocada para ouvir o ministro da Justiça, Flávio Dino. Nikolas queria autorização para falar, mas era interrompido por outros parlamentares.

A fala chegou a ser atribuída inicialmente nas notas taquigráficas, de forma equivocada, ao presidente da CCJ, deputado Rui Falcão (PT-SP). O documento foi atualizado ao fim da noite – Falcão estava com o microfone desligado no momento da ofensa.

O tema voltou à pauta da CCJ na sessão desta quarta, quando deputados passaram a debater as ofensas do dia anterior antes do início das votações. Janones, então, admitiu ser o autor do comentário – e voltou a ofender Nikolas.

“Eu fiquei esperando até aqui algum parlamentar que tivesse, aqui nessa comissão, a valentia que tem nas redes sociais. Mas infelizmente, parece que a grande maioria dos bolsonaristas são frouxos, não tem coragem de dizer aqui quem foi que chamou o 'deputado chupeta' de 'chupetinha'. Quem usou essa expressão fui eu”, afirmou o parlamentar.

Janones disse ainda que irá continuar usando o termo – que, segundo o parlamentar, não é homofóbico.

"Venho de Minas Gerais, assim como o deputado Nikolas Ferreira. Lá em Minas, Nikolas Ferreira é tratado como chupeta, esse é o apelido. E não tem nada a ver como homofobia, não vamos transformar um problema sério como é a homofobia no nosso país em que milhares de homossexuais são assassinados e são vítimas de ódio com apelido”, disse.

Fraga cita revólver

Após a fala de Janones, instaurou-se um novo bate-boca na comissão e a sessão do colegiado chegou a ser suspensa por 10 minutos.

Em dado momento, o deputado Alberto Fraga (PL-DF) disse que não usa chupeta, e sim, "revólver mesmo". Janones disse que estava sendo ameaçado, e o bate-boca foi retomado.

Os trabalhos foram retomados normalmente após o intervalo.

Torcidas organizadas

De um lado apelidos como nove dedo, descondenado, ex-presidiário, em reposta Genocida, ladrão de joias, Nikole, Chupetinha.

A audiência de ontem ficou marcada com perguntas repetitivas, dai logo depois, já estava nas redes sociais do deputado Nikollas, por exemplo, só o que falou editado de forma que não aparece que o Ministro já tinha respondido, esclarecido e explicado.

Segundo o Deputado Lindenberg virou um circo para ganhar likes e popularidade nas Redes Sociais

Outras Polêmicas

Em 2015 Fraga, após uma discussão e troca de agressões entre Roberto Freire e Jandira Feghali, Fraga afirmou "Ninguém pode se prevalecer da posição de mulher para querer agredir quem quer que seja. E eu digo sempre que mulher que participa da política e bate como homem, tem que apanhar como homem também."

No ano de 2014, foi condenado em 1ª Instância em ação ajuizada pelo MPDFT. O órgão ministerial denunciou Alberto Fraga por possuir e manter em depósito, em um apartamento do Hotel Golden Tulip, um revólver calibre 357 Magnum, de uso restrito, marca Smith e Wesson, municiado com seis projéteis e 283 munições, também de uso restrito (145 de calibre 9mm, marca Magtech; 92 de .40, marcas CBC e Magtech; e 46 calibre 357 Magnum), bem como 1.112 munições de arma de fogo de uso permitido.

Em setembro de 2018 foi condenado em 1ª instância a uma pena de 4 anos, 2 meses e 20 dias de prisão em regime semiaberto por cobrança de propina no setor de transportes. Posteriormente, em Abril de 2019, teve a pena aumentada para 5 anos após recurso de Ministério Público.

Absolvido e Inocentado por unanimidade

Em 12 de março de 2020, a 2ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT) absolveu João Alberto Fraga (Democratas-DF), por falta de provas. O ex-deputado federal havia sido acusado por crime de concussão (por uso do cargo público para obter vantagem indevida), na assinatura de contratos de adesão entre o Distrito Federal e a Cooperativa de Transporte Público do Distrito Federal – COOPETRAN, quando exercia o cargo de secretário de Transportes do DF, na gestão do governador José Roberto Arruda, em 2008.

 

Fonte G1 e Wikipedia 

 

 

 

 

Por Jornal da República em 29/03/2023
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