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Por CartaCapital
O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) foi liberado na noite desta sexta-feira 20 após passar o dia detido por defender estudantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) de uma ação de desocupação.
Glauber foi levado com dois estudantes e um jornalista, que também foram liberados. “Hoje é um dia lamentável do ponto de vista do que foi feito, estudante lutando pelo direito de ficar na universidade e sendo recebido por bomba”, disse após sair da Cidade da Polícia, sede de delegacias de Polícia Civil no bairro do Jacaré, na Zona Norte do Rio.
Em nota, o PSOL se manifestou sobre a prisão de Braga, afirmando que a ação se deu de modo arbitrário e ilegal, quando o parlamentar tentava negociar uma solução pacífica para a reintegração de posse.
A ofensiva policial ocorreu depois que a Justiça autorizou o uso da força para retirar manifestantes que há 56 dias ocupavam o Pavilhão João Lyra Filho, principal prédio da Uerj, em protesto contra mudanças nas regras para a concessão de bolsas e auxílios de assistência estudantil.
A decisão foi publicada após vencer o intervalo de 24 horas para que os estudantes deixassem o local, determinado pela Justiça. O prazo expirou às 13h da quinta-feira 19.
O despacho foi assinado pela juíza Luciana Lopes, da 13ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, e ordena o “uso de força policial suficiente e necessária à desocupação completa dos prédios da Uerj”.
Além disso, o Judiciário estipulou multa no valor de 10 mil reais por dia aos réus apontados na ação de reintegração de posse da reitoria – quatro estudantes e um servidor da universidade. Para garantir o pagamento, a magistrada determinou o bloqueio das contas bancárias dos envolvidos.
“A reitoria apela aos estudantes para que eles saiam por iniciativa própria e pacificamente, cumprindo a decisão judicial, para que não haja nenhum tipo de uso da força policial a partir dessa decisão”, declarou, em nota, a reitora Gulnar Azevedo e Silva.
Na quinta-feira, após o prazo para saída dos estudantes, a reitoria tentou tirar os manifestantes do local. Houve confronto e a universidade recuou, recorrendo à Justiça.
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