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O presidente da Frente Parlamentar Mista da Tecnologia e Atividades Nucleares (FPN),deputado Júlio Lopes (PP), esteve reunido essa semana com a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck.
Na pauta, a reestruturação e organização das Indústrias Nucleares do Brasil (INB). Na oportunidade, o parlamentar destacou a necessidade de ampliação das atividades da Indústria Nuclear Brasileira (INB) através de alinhamentos estratégicos, além do fortalecimento da política nuclear brasileira no sentido de ser reconhecida internacionalmente como fornecedora no mercado internacional de urânio, e assim alcançar a autossuficiência nacional.
- A ministra colocou todo o secretariado do ministério para acompanhar as pautas discutidas. Durante o encontro, mostramos a necessidade fundamental do uso da energia nuclear na produção de alimentos e na medicina, além da importância de investirmos na Indústria Nuclear Brasileira (INB) e em todas as suas variações, principalmente no enriquecimento do urânio para o funcionamento dos reatores nucleares; já que é aí que o nós precisamos ser competitivos seja na extração como na exportação de commodities, pois estamos entre os dez países com capacidade de enriquecer o urânio a 20% e colaborar para a indústria nuclear nacional, pois possuímos a quinta maior reserva de urânio do mundo e não temos nenhuma restrição para sua exploração - disse.
Júlio destacou ainda durante o encontro, que existe enorme expectativa para a visita do presidente francês Emmanuel Macron ao Rio de Janeiro e da possibilidade da assinatura de um empréstimo de 3 bilhões de euros, que poderá ser o condão de colocar o programa nuclear em prioridade entre Brasil e França e financiar a obra de Angra III. Ele lembrou também que o banco francês ABI pode financiar integralmente as empresas francesas já contratadas na obra, entre elas a Framatome.
O Banco já ofereceu 800 milhões de euros, fazendo com que todo esse programa possa se expandir muito e ser financiado com a securitização de urânio.
- Para se ter uma ideia das oportunidades extraordinárias oferecidas para esse setor, para que as usinas de Angra I e Angra II fossem abastecidas o país comprou nos últimos dez anos mais de um milhão de quilos de urânio. Em recente conversa com o presidente do Banco Central, mostrei que somente com as reservas de urânio que já temos conhecimento e que foram testadas, poderíamos ter um programa de securitização com base na exportação da ordem de aproximadamente de US$ 7 bilhões de dólares em 10 anos. E o preço do urânio só faz aumentar; quando estivemos juntos o valor do quilo era de US$ 170, e hoje está valendo US$ 195. Vale lembrar que a mina de Santa Quitéria, no Ceará, por exemplo, vai produzir a partir de 2026 cerca de 2,3 toneladas de urânio, o que irá gerar aproximadamente US$ 400 milhões de dólares anuais em royalties - explicou.
Fotos: Adalberto Marques/MGI
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