Deputado Júlio Lopes (PP) quer audiência com ministro do STF para discutir ADPF 635 que restringe ações policiais em comunidades

 A violência no Rio de Janeiro está sem controle. De acordo com balanço do Instituto de Segurança Pública (ISP), em doze meses as policias militar e civil apreenderam 732 fuzis e registraram 42.389 prisões em flagrante, um aumento de 14,7% em relação a 2023.

Foram registradas ainda 23.930 apreensões de drogas, além da recuperação 19.034 veículos roubados ou furtados, o que reforça a importância do constante trabalho das forças de segurança do Rio que enfrentam diariamente traficantes fortemente armados.
  Mas na contramão desse trabalho dos policiais do Rio de Janeiro, está a Arguição do Descumprimento de Prefeito Fundamental (ADPF) 635, mais conhecida como "ADPF das Favelas", que questiona a política de segurança usada pelo estado e afirma ser um incentivo a letalidade policial e a violação aos princípios constitucionais fundamental, como o direito a vida e a segurança.

 Diante disso, o deputado Júlio Lopes (PP) está encaminhando ofício ao presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luis Roberto Barroso, pedindo que sejam adotadas providências para que essa medida seja revista urgentemente. Ele também irá  solicitar audiência ao ministro para debater as possíveis mudanças na ADPF 635.

 - O Supremo Tribunal Federal não pode ser um empecilho ao combate ao Crime Organizado a às quadrilhas existentes no Rio de Janeiro, e as que querem aqui se instalar vindas de outros estados. Não tenho dúvida que o Supremo Tribunal Federal (STF) está sensível ao que ocorre no Rio de Janeiro e irá rever essa medida, já que no fundo essa ADPF está promovendo a criação de verdadeiras colônias de férias do Crime Organizado, além de áreas segregadas onde a polícia não está podendo atuar. Isso precisa ter um fim - disse.

 O parlamentar destacou ainda a importância e a competência das forças policiais do estado. Ele afirmou que o Rio de Janeiro possui forças policiais competentes e briosas que querem e vão combater o crime, se assim for permitido.

Ele lembra também a dificuldade que os policiais encontram ao se depararem com uma legislação branda, e dá como exemplo um suspeito que foi preso no último dia 15/1 pela Polícia Rodoviária Federal quando levava 30 quilos de drogas para Macaé, e foi liberado 13 dias após a audiência de custódia.