Deputado Pedro Ricardo (PP) aprova Lei visando diminuir o Abandono Paterno

Aproximadamente 11 milhões de mulheres no Brasil que criam seus filhos sozinhas

Deputado Pedro Ricardo (PP) aprova Lei visando diminuir o Abandono Paterno

A sanção do Projeto de Lei sobre a Semana de Conscientização e Sensibilização do Abandono Paterno pelo governador Cláudio Castro marca um momento significativo na legislação do Estado do Rio de Janeiro, visando abordar uma questão social profunda e persistente.

Este projeto, proposto pelo deputado Pedro Ricardo (PP), reflete uma resposta legislativa ao desafio do abandono paterno, uma realidade enfrentada por aproximadamente 11 milhões de mulheres no Brasil que criam seus filhos sozinhas, muitas vezes sob a pressão de duplas jornadas de trabalho.

A escolha da primeira semana de agosto para a realização desta semana temática não é aleatória, mas sim uma tentativa de criar um período dedicado à reflexão, educação e sensibilização sobre as consequências do abandono paterno. Este problema social não apenas impõe dificuldades econômicas às mães solteiras, mas também repercute de maneira profunda e duradoura na saúde emocional e psicológica das crianças afetadas.

Vitor José Araújo, psicólogo e mestrando em Psicologia em Saúde e Desenvolvimento Humano pela UFS, destaca as consequências devastadoras do abandono paterno para a formação emocional e psicológica das crianças e adolescentes. O abandono pode levar a uma série de problemas emocionais, como bloqueios emocionais, isolamento, culpa, depressão, baixa autoestima e agressividade. Em casos extremos, pode até mesmo culminar em suicídio. A ausência paterna durante os anos formativos pode prejudicar seriamente a construção da identidade e da personalidade da criança, afetando seus comportamentos futuros e a capacidade de lidar com adversidades.

A implementação dessa semana de conscientização é um passo importante para abordar as raízes e os efeitos do abandono paterno, promovendo um diálogo aberto e educativo sobre suas implicações. Ao destacar a importância da presença paterna e as consequências de sua ausência, espera-se que a sociedade possa se mobilizar em torno de estratégias de apoio às famílias afetadas e trabalhar para minimizar e, idealmente, erradicar essa questão.

Além disso, essa iniciativa legislativa pode servir como um modelo para outros estados brasileiros, incentivando a adoção de medidas semelhantes em todo o país.

A conscientização e a sensibilização sobre o abandono paterno são passos cruciais para promover mudanças sociais e culturais que valorizem a responsabilidade parental e o bem-estar das crianças. Ao trazer essa questão para o centro das discussões públicas, o Rio de Janeiro se posiciona na vanguarda dos esforços para enfrentar um dos problemas sociais mais desafiadores e impactantes da atualidade.

Por Jornal da República em 09/03/2024
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