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Um país com medo
O 17° Anuário Brasileiro da Segurança Pública, divulgado hoje, revelou um país doente, amedrontado e refém de toda sorte de violência praticada por diversos atores e uma escalada da criminalidade sem precedentes na história do Brasil. O que tá acontecendo? Porque essa apatia, descaso e vistas grossas das autoridades e do poder público com o sortimento de seu povo?
Segregação
Negros, mulheres, crianças, adolescentes e homossexuais parecem ser as vítimas preferidas dos algozes. Os números são estarrecedores. Em 2022, o Brasil registrou o maior número de estupros da história, com 74.930 casos oficiais. Uma parcela significativa foi de crianças e adolescentes.
Violência tem cor?
Os números do Anuário mostraram que sim. No ano passado, das 47.508 mortes violentas intencionais, 76,5% foram de pessoas negras entre homens e mulheres. Além disso, entre a população penal, 68,2% de todos os presos do sistema penitenciário são de negros. Os crimes de racismo e de homofobia também cresceram 50% em 2022 em relação ao ano anterior.
Perigosas
O relatório mostra ainda as 50 cidades mais violentas do país espalhadas nas cinco regiões. Mas as do Norte e Nordeste lideram o ranking. Amapá, Bahia e Amazonas estão foram os três Estados mais letais e violentos em 2022, nessa ordem.
Reação imediata
Para combater esses números catastróficos que revelam a realidade da segurança pública no país, o presidente Lula e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, assinam nesta sexta-feira, 21, o Programa de Ação na Segurança Pública (PAS) com uma série de atos e investimentos para o combate frontal da violência no país.
Fogo amigo
O senador Marcos Do Val (Podemos-ES) admitiu hoje, em depoimento à Polícia Federal, que blefou quando disse ao então deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), durante conversa no WhatsApp, de que havia entrado em contato com a inteligência americana sobre uma trama de golpe no país. Mas, jogou a culpa ao agora ex-deputado de ter planejado gravar, secretamente, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, com a intenção de ter provas para anular a eleição presidencial em que Bolsonaro perdeu.
Representação
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), usou suas redes sociais hoje para informar que ingressou com uma representação no Ministério Público gaúcho contra o ex-deputado federal Jean Wylys por declarações homofóbicas contra ele. Na semana passada, Wylys foi ao Twitter criticar Leite por decidir manter as escolas cívicos-militares em seu governo e afirmou que o governador tinha "homofobia internalizada" e "fetiches em relação ao autoritarismo".
Meias palavras bastam
Expulso do PL após foto sua com o presidente Lula fazendo o "L", repercutir negativamente entre o bolsonarismo, o deputado federal Yury do Paredão (CE) parece que se sentiu aliviado. Em suas redes, ele declarou que quer fazer política com "diálogo, respeito, sem radicalismo e com tolerância".
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