Desembargador Maurício Caldas Lopes é homenageado em sua despedida do TJRJ

Após 23 anos de dedicação ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), o desembargador Maurício Caldas Lopes se despediu dos colegas nesta quarta-feira (14/5), em sua última sessão à frente da 3ª Câmara de Direito Privado. O magistrado, que se aposentará compulsoriamente ao completar 75 anos, foi celebrado por desembargadores, membros do Ministério Público, da Defensoria Pública, familiares e amigos.

Presente à homenagem, o presidente do TJRJ, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, destacou o brilhantismo dos votos do desembargador Maurício Caldas. “Quando fui promovido a desembargador, em 7 de maio de 2003, fui designado para então 7ª Câmara Cível e lá encontrei o desembargador Maurício, uma pessoa extremamente conhecedora do Direito, com votos muito técnicos, que nos obrigava a estudar para poder debatê-los”, afirmou.

Falando em nome dos membros da 3ª Câmara de Direito Privado, o desembargador Eduardo de Azevedo Paiva pontuou que o momento era de despedida carinhosa de um grande amigo. “Você, Maurício, marcou presença nessa Casa por sua atitude, caráter, dedicação ao trabalho e intelectualidade, entre muitos atributos. Seus votos sempre foram um norte para todos nós.  Esse é um discurso que fica inacabado, faltando uma palavra para sintetizar todo esse carinho que temos por você. Parabéns em nome de todos os colegas da 3ª Câmara”, disse.

O procurador Carlos Cícero lembrou que quando ingressou no Ministério Público, em 1989, um dos expoentes era o então procurador Maurício Caldas Lopes. “Sempre foi um dos meus ídolos na instituição.  E com o devido merecimento, passou a integrar os quadros do Tribunal de Justiça.  Muitos anos depois tive a felicidade de passar a atuar nas sessões da 3ª Câmara.  Em nome do Ministério Público, desejo felicidades nessa nova etapa da vida”, assinalou.

Emocionado, o desembargador Maurício Caldas, afirmou ter mais a agradecer aos amigos do que qualquer outra coisa.  “Forjamos uma amizade na trincheira do combate”, citou, ao lembrar dos 18 anos de atuação ao lado do desembargador Carlos Eduardo da Fonseca Passos, também integrante da 3ª Câmara, e condutor da homenagem a Maurício Caldas.

“Estou me retirando da atividade.  Mas não significa que esteja saindo triste.  Privilegiei o trabalho acima de quase tudo.  Saio com a consciência tranquila do dever cumprido, não deixando acervo quase nenhum”, afirmou o desembargador, ao agradecer a todos, em especial à esposa, Maria Ligia, e as filhas.