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No primeiro bimestre de 2024, a Amazônia Legal registrou o menor índice de desmatamento dos últimos seis anos, conforme apontam dados divulgados pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) nesta segunda-feira (18). A área desmatada no bioma durante este período totalizou 196 km², uma queda expressiva em comparação com os 523 km² desmatados no mesmo período do ano anterior, representando uma diminuição de 63%.
A Amazônia Legal abrange nove estados brasileiros e corresponde a 59% do território nacional. Esta região desempenha um papel crucial na regulação do clima e na preservação da biodiversidade não apenas no Brasil, mas em escala global.
Embora os números indiquem uma melhoria significativa, especialistas alertam que ainda há um longo caminho a percorrer. Larissa Amorim, pesquisadora do Imazon, ressalta que o desmatamento no primeiro trimestre de 2024 continua excedendo os níveis registrados entre 2008 e 2017, com exceção de 2015. Isso demonstra que, apesar da redução, o problema persiste e requer atenção urgente.
Os estados de Mato Grosso, Roraima e Amazonas foram os mais afetados pelo desmatamento neste período, representando 77% do total de áreas desmatadas na Amazônia Legal. Em Mato Grosso, a expansão agropecuária foi identificada como principal impulsionador do desmatamento, enquanto em Roraima, houve avanços de desmatamento até dentro de terras indígenas, o que representa uma grave violação dos direitos dessas comunidades.
Para combater efetivamente o desmatamento e atingir a meta de desmatamento zero até 2030, o governo deve priorizar medidas como agilizar os processos de demarcação de terras indígenas e quilombolas, além de criar e fortalecer unidades de conservação. Essas áreas são historicamente menos afetadas pelo desmatamento e desempenham um papel fundamental na proteção da floresta e na promoção da sustentabilidade na região.
O Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon utiliza satélites de alta resolução para detectar áreas desmatadas a partir de 1 hectare, oferecendo uma visão detalhada e atualizada da situação na Amazônia Legal. A utilização desses dados é essencial para orientar políticas e ações de conservação ambiental.
Embora os números apresentem uma perspectiva mais otimista, é fundamental que o combate ao desmatamento na Amazônia seja tratado como uma prioridade nacional e global. A preservação deste bioma é crucial não apenas para a biodiversidade e o clima, mas também para o bem-estar das comunidades locais e o futuro das gerações vindouras.
Fonte: G1
Por Jéssica Porto
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