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O mês de setembro, quando o Brasil comemora o bicentenário da Independência, começou com a maior mobilização em defesa da Amazônia já vista no país. Os Festivais Dia da Amazônia 2022 aconteceram em sete capitais, animando o público e reforçando a importância do bioma para todo o país. Mais de 90 artistas se apresentaram gratuitamente para celebrar o Dia da Amazônia, 5 de setembro. O Rock in Rio, um dos maiores eventos mundiais de música, também foi marcado por homenagens à floresta, como as da Nave da Natura e o Palco da Amazônia, além de vários artistas.
No Rio de Janeiro, os Festivais começaram pela manhã com eventos voltados para as crianças e deixaram os Jardins do MAM lotados até a noite. A mensagem de que somos a última geração que pode salvar a Amazônia foi reforçada o tempo inteiro. Uma das atrações, o cantor Geraldo Azevedo animou o público cantando seus sucessos. Os Festivais Dia da Amazônia 2022 também levaram milhares de pessoas aos eventos em Belém, Belo Horizonte, Macapá, Manaus e São Luís.
No Rock in Rio, o vocalista Rogério Flausino, do Jota Quest, discursou em defesa do meio ambiente e mostrou uma bandeira com a frase “Amazônia livre”. Na tarde de sábado, o bioma foi lembrado no show do DJ Alok. Ele produz um disco com povos indígenas e aproveitou a apresentação para dar destaque no telão à campanha “Amazônia de Pé”. Sexta-feira, os metaleiros franceses do Gojira também se manifestaram em defesa da Floresta Amazônica.
Os Festivais Dia da Amazônia 2022 se encerram no próximo dia 10, em Santarém, no Pará. O objetivo das dezenas de organizações socioambientais e culturais responsáveis pela mobilização é reforçar a necessidade de proteger o bioma amazônico contra a degradação crescente provocada por queimadas, desmatamento, garimpo ilegal e outros crimes que têm elevado os índices de violência na região.
Entre muitas outras ações, em Belém acontece a 5ª edição do Festival de Cinema das Periferias e Comunidades Tradicionais da Amazônia. Nesta segunda-feira (05/09), haverá exibição do filme “Pureza (2019)”, estrelado pela atriz e madrinha do Telas em Movimento, Dira Paes.
Além de assistir aos shows gratuitos de Gaby Amarantos, Geraldo Azevedo, BaianaSystem, Bruxos do Norte, MC Rapadura, Sabrina Zahar e Swing Safado, entre muitos outros, o público participou de ações de alerta para os riscos decorrentes da devastação da Amazônia, como o aquecimento global e o consequente agravamento dos desastres naturais e da mudança no regime de chuvas, que, entre outros aspectos, prejudica a produção de alimentos.
A produção do evento inclui se seguintes organizações e iniciativas: Reocupa, Namaloca, Psica, Negritar, Gira Mundo, Condô Cultural, NOSSAS, Instituto Clima e Sociedade (iCS), Uma Concertação pela Amazônia, Ja.Ca, Murerú Produções, Tapajós de fato, Na Cuia, Suraras do Tapajós, Projeto Saúde e Alegria, Movimentos pela Soberania Popular na Mineração (MAM), Federação das Organizações Quilombolas de Santarém (FOQS), Negritar, Conselho Indígena Tupinambá (CITupi), Movimento Tapajós Vivo (MTV), Terra de Direitos, Maré Cheia, Engajamundo, Mapinguari, LabExperimental, Megafone Ativismo e Utopia Negra.
Os produtores contaram com o apoio de outras dezenas de instituições, artistas, ativistas, fazedores de cultura, figuras públicas, adultos e crianças para a mobilização em todo o país. “A Amazônia é guardiã de formas de vida, de conhecimento, evidência maior de nossa interdependência com a natureza. Portanto, comemorar o dia 5 de setembro coloca-nos em um lugar de compromisso e visões compartilhadas, ainda que tenhamos diferenças, onde juntos podemos dividir sonhos, difundir conhecimento e inspirar mais pessoas com seus saberes. Essa mobilização será anual a partir de agora, para que nunca mais o Dia da Amazônia deixe de ser celebrado pela sociedade brasileira”, afirmaram em conjunto as organizações que lideram a mobilização.
Além dos shows, houve cerca de 500 atividades inscritas na Virada Amazônia de Pé por todo o país (programação aqui). Centenas de pessoas, organizações, coletivos, grêmios estudantis, entre outros, registraram suas atividades no site da Virada para também celebrar a Amazônia como símbolo maior do Brasil.
A mobilização continua por meio de outras atividades planejadas até o dia 10 de setembro, com o encerramento previsto para acontecer em Santarém (programação aqui).
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