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Rio de Janeiro, 7 de julho de 2023
Vimos ser aprovada a Reforma Tributária, resultado de uma intensa articulação do presidente Lula, do ministro Haddad e do processo de relação de forças no Congresso. A pauta demorou 30 anos para, enfim, ser discutida e aprovada, encerrando o primeiro semestre do terceiro governo Lula com uma vitória para o governo e um golpe certeiro em um já muito desgastado bolsonarismo.
Como bem disse Lula, não é o idela, nem o que ele gostaria que fosse, mas o texto da reforma é produto do processo democrático e da correlação de forças do Parlamento. Sinal de retorno da normalidade democrática, é mais um episódio dos esforços para a reconstrução do país e dos atentados contra nossas instituições, liderados por Bolsonaro e sua horda furiosa de golpistas.
Entratando, mesmo com todas articulações naturais da política, não podemos deitar e assistir sem fazer as críticas pertinentes aos interesses que existem por trás dessas entregas ao governo. Sabemos que as faturas do Centrão, em especial de Arthur Lira, serão altas, e não serão poucas. O processo de frituras já estão em prática, como, por exemplo, a necessidade de o governo ter que liberar pouco mais de R$ 5 bilhões de emendas aos parlamentares, ou como os assédios, pleiteando ministérios; o primeiro, do Turismo, já está encaminhado. Tentaram com o Ministério da Saúde, mas Lula foi enfático: Nísia Trindade fica!
Mesmo assim, é preciso estarmos vigilantes! Mobilizar nossas bases e nos organizar em nossos núcleos é de fundamental importância para darmos o recado popular de que estamos atentos, mesmo com o governo contando vitórias históricas. Somos aqueles que fortalecem as políticas públicas sociais e econômicas aqui na ponta e, por isso, devemos enfrentar o oportunismo de quem sabemos que, na primeira oportunidade, poderá atentar contra Lula, seu governo e entregar o país aos interesses particulares e internacionais.
Por Carlos Santana
Ex-deputado federal por cinco mandatos pelo PT-RJ; Presidente do Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil; Presidente estadual da CUT-RJ; Professor universitário; Doutor em História pela UFRJ e Bacharel em Direito.
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