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Instituído como o Dia Nacional de Combate à Tuberculose, o próximo 17 de novembro traz uma reflexão sobre o atual panorama de disseminação da doença no país e levanta um dos maiores alertas às autoridades de saúde. Apontado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a segunda nação do mundo em mortes pela doença, o índice de contaminados pela tuberculose no Brasil é motivo de preocupação. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2021 foram registrados mais de 68 mil novos casos, número bastante próximo aos diagnósticos de 2020, quando mais de 4,5 mil pessoas morreram em virtude da infecção.
Considerado um problema de saúde pública mundial pela própria OMS, as ações de erradicação da doença – com metas ousadas a serem cumpridas até 2030 – sofreram, de fato, um grande impacto por conta da recente pandemia. Casos subnotificados, redução na oferta e procura por diagnósticos e tratamentos podem ter ocultado os reais números da tuberculose, que saltaram de 1,2 milhão de óbitos em 2019 para 1,6 milhão em 2021 ao redor do planeta. O órgão estima que cerca de 30 mil pessoas adoecem no mundo, todos os dias, acometidas pela enfermidade.
O desafio vai além do que se imagina. De acordo com o novo Report Global de Tuberculose da OMS, a pandemia da COVID-19 reverteu anos de progresso no fornecimento de serviços essenciais de TB e na redução da carga da doença. As metas globais de TB estão, em sua maioria, fora do caminho, embora existam algumas histórias de sucesso nacional e regional.
O impacto mais óbvio é uma grande queda global no número de pessoas recém-diagnosticadas com tuberculose e reportadas. Os números caíram de 7,1 milhões em 2019 para 5,8 milhões em 2020, um declínio de 18% que remete ao nível de 2012, muito abaixo dos aproximadamente 10 milhões de pessoas que desenvolveram a doença em 2020. Além disso, 16 países foram responsáveis por 93% desta redução, sendo a Índia, Indonésia e Filipinas as mais afetadas. Os dados provisórios até junho de 2021 mostram déficits contínuos.
“Uma das maneiras mais efetivas de conter essa transmissão e erradicar suas ocorrências se dá pelo diagnóstico e tratamento precoces da tuberculose ativa e da prevenção reativa da patologia, por meio do tratamento da Tuberculose Infecção (ILTB), quando ainda não apresenta sintomas”, destaca Paulo Gropp, vice-presidente da QIAGEN na América Latina, multinacional alemã, especialista em tecnologia para diagnósticos moleculares que apresenta, entre suas soluções, o teste IGRA QuantiFERON-TB Gold Plus, considerado um exame referência e o mais utilizado no mundo, também disponível à população brasileira pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e em todos os planos de saúde.
Cobertura pelo SUS e planos de saúde
Pelo fato de apresentar uma fase inicial assintomática, que pode se estender por um longo período até que o paciente tenha uma queda de imunidade, a testagem da Tuberculose Infecção (ILTB) é indicada principalmente para pessoas que compõe o chamado grupo de risco da doença. Estão cobertos nos planos de saúde os pacientes que vivem com o vírus HIV, usuários de biológicos e candidatos a imunossupressão. Já no SUS, o teste está disponível para crianças com contato de tuberculose ativa, candidatos ao transplante de medula óssea e pacientes que vivem com o vírus HIV.
No último dia 9 de novembro de 2022, na 114ª Reunião Ordinária da Conitec, esta fez a recomendação final de ampliação de uso do teste IGRA em pacientes imunocomprometidos por uso de terapia imunossupressora, devido a doenças inflamatórias imunomediadas ou receptores de transplante de órgãos sólidos.
Após sua fase latente, a tuberculose pode evoluir de forma grave e rápida. Entre os principais sintomas estão a tosse crônica e persistente, febre, perda inexplicada de peso e, quando grave, sudorese noturna. Aos primeiros sinais de suspeita de contato ou sintomas, é recomendada a busca por ajuda e orientação médica. A tuberculose é uma doença tratável e curável, mas o sucesso da cura depende da rapidez do diagnóstico e tratamento.
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