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A dívida pública bruta do Brasil recuou para 75,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em janeiro, alcançando o menor nível desde abril de 2024. A queda foi impulsionada por um superávit primário recorde do setor público consolidado e pela valorização do real, fatores que ajudaram a conter as despesas com juros, conforme dados divulgados pelo Banco Central.
O resultado é inferior aos 76,1% registrados em dezembro e também abaixo da projeção de 76,2% feita por economistas consultados pela agência de notícias britânica Reuters.
Composição da dívida pública
A dívida pública bruta inclui tanto a dívida interna quanto a externa, abrangendo todos os níveis de governo e instrumentos financeiros. Diferente da dívida líquida, que desconta os ativos financeiros do governo, a dívida bruta é um indicador fundamental da situação fiscal do país.
Altos níveis de endividamento podem indicar risco fiscal e impactar variáveis econômicas, como taxas de juros e cotação da moeda. No entanto, a sustentabilidade da dívida depende do crescimento econômico e das condições do mercado.
Superávit primário recorde
A dívida líquida também apresentou melhora, caindo para 60,8% do PIB em janeiro, ante 61,2% em dezembro, superando a projeção de 61,3%. O superávit primário do setor público consolidado atingiu R$ 104,1 bilhões, acima da expectativa de R$ 102,1 bilhões.
O saldo positivo do governo central chegou a um recorde de R$ 83,1 bilhões, enquanto estados e municípios registraram superávit de R$ 21,9 bilhões. As estatais, por sua vez, apresentaram um déficit de R$ 1 bilhão.
Fatores que impulsionaram a queda da dívida
Fernando Rocha, chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, destacou que o saldo fiscal de janeiro costuma ser elevado devido a fatores sazonais. No entanto, os números de 2025 foram excepcionalmente altos em relação a anos anteriores.
A valorização do real também desempenhou um papel importante na redução da dívida bruta. O ganho de R$ 36 bilhões em operações de swap cambial ajudou a reduzir os gastos com juros da dívida pública.
Além disso, o crescimento do PIB nominal teve um efeito positivo na relação entre dívida e PIB, reforçando a tendência de melhora nos indicadores fiscais do país.
Fonte: Urbsmagna
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