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Operação não seria possível se a empresa tivesse sido privatizada, afirmou o presidente dos Correios, Fabiano Silva, afirmou que a entrega de donativos ao Rio Grande do Sul "é a maior operação logística que a empresa já fez", em resposta a um cenário "desolador" que assola o estado, castigado por fortes chuvas, enchentes e, a partir deste final de semana, pelo frio.
Segundo Silva, tão logo tomaram conhecimento da gravidade da situação do Rio Grande do Sul, "nós, nos Correios, tomamos medidas imediatas. Todas as nossas agências foram colocadas à disposição para captar doações. Já arrecadamos 3 mil toneladas de doações e já entregamos 1,4 mil toneladas em cinco dias".
O presidente contou que, além da solidariedade do povo brasileiro, que "tem este sentimento muito latente", os servidores dos Correios têm apresentado um "total" comprometimento com a causa. Ele relatou que motoristas dos Correios sediados no Nordeste têm se oferecido para ir até São Paulo para, depois, levar carretas com donativos ao povo gaúcho. Além disso, disse Silva, servidores aposentados têm se apresentado como voluntários para ajudar na logística. "O nível de engajamento é impressionante", classificou.
Fabiano Silva também falou sobre o papel dos Correios diante de situações como esta: "os Correios têm uma função social. Somos o agente integrador nacional. É a única empresa que teria a capacidade de realizar tal tarefa. Não podemos perder tempo. Nós entregamos cidadania para o povo brasileiro".
Ele ainda comentou acerca da sanha privatista que avançou sobre os Correios nos últimos anos, e salientou que uma operação como a atual, de socorro às vítimas do Rio Grande do Sul, não seria possível se a empresa tivesse sido vendida. "Se tivéssemos sócios privados, como iríamos explicar uma ação como essa?", questionou. "A empresa é estratégica e ligada à segurança nacional" e, por isso, não pode ser privatizada, opinou. De acordo com o presidente, os Correios, que vinham sendo "sucateados" pelo governo Jair Bolsonaro (PL), ganharam no governo Lula (PT) a missão de se modernizar.
Ainda sobre a operação de envio de ajuda ao Rio Grande do Sul, Fabiano Silva afirmou que esta não tem data para acabar, elogiou o trabalho feito "em muita harmonia" com as Forças Armadas e criticou as fake news: "estão atrapalhando demais".
Ele garantiu que a empresa busca meios para "ampliar a ajuda" à população gaúcha, mas salientou que os caminhões carregados com donativos "têm uma carga limite e isso tem de ser respeitado"
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