Eletrobras aprova pagamento polêmico milionário à cúpula executiva enquanto corta funcionários

Insatisfação de acionistas públicos e compromisso com o governo marcam assembleia da empresa

Eletrobras aprova pagamento polêmico milionário à cúpula executiva enquanto corta funcionários

  Em meio a um cenário de cortes salariais para seus funcionários, a Eletrobras pagou um pagamento de até R$ 83 milhões para sua cúpula executiva em sua última assembleia de acionistas, conforme relatado pela coluna Painel SA, da Folha de S. Paulo. Esse montante contrasta drasticamente com os meros R$ 10,9 milhões aprovados no ano de sua privatização, em 2022.

Essa decisão da Eletrobras surge em meio à tentativa da empresa de reduzir em 12,5% o faturamento de seus colaboradores, o que gerou críticas e indignação. Os representantes de estatais e fundos de pensão manifestaram a sua insatisfação com a forma como foram tratados durante a assembleia de acionistas, especialmente devido ao agrupamento de todos os acionistas públicos em um bloco único, privando-os do direito de voto individual.

Nomes de peso como Previ, Petros, BNDES e FND estão entre os insatisfeitos, destacando o cerceamento do direito de voto como uma ação inaceitável que os coloca como meras extensões do governo.

Essas perguntas são exacerbadas pelo contexto das negociações em andamento entre a empresa e o governo, evitando uma possível ação judicial sobre a participação acionária da União na Eletrobras. A distribuição desigual de dividendos também é alvo de críticas, com "acionistas públicos" questionando a disparidade entre os valores destinados à União e aos "acionistas privados".

A União, maior acionista isolada da Eletrobras, receberá R$ 267 milhões, enquanto o 3G Radar e Geração Futura "receberão R$ 55 milhões e R$ 43 milhões, respectivamente, somente por suas ações preferenciais. Ambos possuem menos de 0,1% de ações com voto e recebe sua maior parte por ações preferenciais", conforme reportagem da Folha.

A assembleia da Eletrobras evidenciou um cenário de descontentamento e desigualdade, com a cúpula executiva beneficiada enquanto os cortes salariais afetam os funcionários e as vozes dos acionistas públicos são cerceados, alimentando um ambiente de tensão entre a empresa, o governo e os investidores.

Fonte: Brasil247

Por Jornal da República em 07/05/2024
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