Assine nossa newsletter e fique por dentro de tudo que rola na sua região.
Da redação, com Metrópoles - É preciso reconhecer: o poder de ludibriar do presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro (PL-RJ), desenvolvido por Steve Bannon e pelos militares brasileiros mestres em dissimulação é super eficaz. Qualquer pessoa com um mínimo de sanidade mental sabe que é o presidente da República o responsável pelas políticas das estatais, mas não é o que acontece com os nossos caminhoneiros.
Líder dos caminhoneiros durante a greve de 2018, Wallace Landim, o Chorão, afirmou que o setor discute a possibilidade de promover um ato contra....a Petrobrás.
A estatal anunciou, nesta segunda-feira (9/5), novo reajuste de 8,86% no preço do diesel vendido às distribuidoras. O valor médio do combustível passará de R$ 4,51 para R$ 4,91, segundo a empresa.
“Vou conversar com outros segmentos, pois a gente precisa pressionar a Petrobras para mexer no PPI [Política de Paridade Internacional]”, destaca o iludido Chorão.
“Vimos o último posicionamento do Bolsonaro pedindo para a Petrobras abaixar o preço do combustível. A gente viu o presidente indignado. Então, ele tá pedindo para o povo ir para a rua e pressionar a Petrobras?”, questiona o caminhoneiro, que também é presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava)
Durante transmissão ao vivo nas redes sociais, o chefe do Executivo federal disse que é um “crime” e um “estupro” a empresa ter um lucro “abusivo” em períodos de crise. “Faço um apelo: Petrobras, não quebre o Brasil”, suplica Bolsonaro, aos gritos.
A empresa registrou lucro de R$ 44,561 bilhões no primeiro trimestre deste ano — resultado 3.718,4% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando a estatal faturou R$ 1,167 bilhão.
Pelo visto, o “estuprador” e “criminoso” enganou muito bem seus seguidores.
“Não sou da esquerda nem de direita. Sou brasileiro e caminhoneiro. O foco é a Petrobras, é a medida administrativa”, prosseguiu o líder caminhoneiro.
O presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de Ijuí-RS, Carlos Alberto Litti Dahmer, também teceu críticas à Petrobras após o anúncio do reajuste no preço do diesel.
Litti pondera, contudo, que “quem comanda a Petrobras é o governo federal”, mas inacreditavelmente ele também não enxerga o atual mandatário da República como responsável pela política genocida de preços da Petrobrás.
“O que se está fazendo com a Petrobras é um crime. Esse lucro que está tendo não é revertido para fim social, mas repassado para quem apostou na Bolsa de Valores. Isso que se faz é entregar o maior patrimônio público ao léu, dilapidar o patrimônio”, protesta o sindicalista.
Segundo ele, a situação, que já era terrível, agora passa a ser insustentável.
“O mercado, em si, não admite esse aumento. Não vai ter como a indústria, o comércio e a população assumir isso. Isso é inflação na veia, direto na prateleira, no prato do brasileiro”, acrescenta, ao pedir o fim do Preço de Paridade Internacional (PPI).
Pelo visto a receita Bannon-militares ainda vai seguir fazendo efeito e estragos em um setor fundamental para o país que se afoga na própria cegueira ideológica.
Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!