Enchentes em Duque de Caxias: Ex-secretário de Meio Ambiente aponta aterro ilegal como causa

16 de janeiro de 2024

As fortes chuvas que atingiram Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na última semana, deixaram pelo menos 11 mortos e milhares de desabrigados. O ex-secretário municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento do município, Samuel Maia, atribui as enchentes a um aterro ilegal realizado por um terminal logístico em uma área de proteção ambiental.

Segundo Maia, a área atacada era um Polder, uma área de terreno baixo que serve para reter as águas das enchentes. O aterro dessa área, segundo ele, impediu que as águas escoassem para a Baía de Guanabara, causando as enchentes. Além deste, há mais dois aterros irregulares, Campo da Bomba de São Bento e o Polder em frente a REDUC/ BR 040 - Pilar.

Campo da Bomba do São Bento e Polder em frente a REDUC/ BR 040 - Pilar

Samuel Maia afirma que o aterro foi autorizado pelo atual secretário de transporte do governo do estado, Washington Reis, que na época era prefeito de Duque de Caxias.

"Isso não é culpa da chuva, é culpa do homem", disse Samuel Maia. "O aterro ilegal foi feito para favorecer interesses econômicos, mas acabou agravando a situação de milhares de pessoas."

O secretário de Meio Ambiente do estado, Thiago Pampolha, até o momento não se pronunciou.

As enchentes em Duque de Caxias são um exemplo da falta de planejamento urbano e da degradação ambiental que assolam o estado do Rio de Janeiro. É preciso que as autoridades públicas tomem medidas urgentes para evitar que tragédias como essa se repitam.

Vídeo com detalhes técnicos no link abaixo:

Assista a entrevista / denúncia do ex- secretário de Meio Ambiente Samuel Maia

 

por: Léo Paes Mamoni