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Gesto de Bolsonaro em comício contrasta com exclusividade em evento da Prefeitura
No coração do Rio de Janeiro, um ato simbólico de Jair Bolsonaro durante o lançamento da pré-candidatura de Alexandre Ramagem ao Congresso chamou a atenção: a abolição das áreas VIP.
Em um gesto que mistura política e teatro, Bolsonaro ordenou a remoção das grades que separavam as autoridades do público, eliminando assim o "muro" de metal que criava uma distinção entre os presentes. Este ato, ocorrido em um evento político, contrasta fortemente com a decisão da prefeitura para um dos shows mais aguardados do ano: a apresentação da Madonna.
Bolsonaro aproxima-se do povo, mas show da madonna mantém distância
"Chega de divisões!" disse, enquanto as barreiras físicas eram desmontadas, simbolizando uma união entre os representantes e os representados, entre o poder e o povo. Este ato, carregado de simbolismo, foi recebido com entusiasmo pela multidão, que viu na figura de Bolsonaro não apenas um líder político, mas um verdadeiro arauto da igualdade.
Bolsonaro quebra protocolos enquanto prefeitura mantém exclusividade em show
Para o show da rainha do pop, a prefeitura reservou um espaço exclusivo para 7.500 convidados especiais, distribuídos ao longo de 812 metros de palco, uma medida que gerou descontentamento entre os fãs. Um deles expressou sua frustração, destacando o alto custo pago pela prefeitura — mais de R$ 10 milhões — para criar uma experiência que, em sua visão, promove a segregação entre o público. "Sabe o que é isso? Uma segregação! E a Prefeitura pagou mais de R$ 10 milhões para o público vim e ver isso", reclamou um fã, evidenciando a percepção de desigualdade na forma como os eventos são organizados.
Este cenário revela uma dicotomia interessante na gestão de eventos públicos na cidade. Por um lado, temos um gesto político de Bolsonaro que busca eliminar barreiras físicas e simbólicas entre ele e seus apoiadores, sugerindo uma aproximação com a base eleitoral. Por outro, a organização do show da Madonna pela prefeitura, que opta por manter uma prática comum em grandes eventos, mas que acaba por destacar as divisões sociais e econômicas entre os espectadores.
A questão que se coloca é: até que ponto a exclusividade em eventos culturais reflete as desigualdades presentes na sociedade? E mais, como gestos políticos como o de Bolsonaro são percebidos em um contexto onde a segregação em eventos de grande porte ainda é uma realidade? Estas são reflexões importantes que surgem a partir do contraste entre os dois eventos, levantando debates sobre inclusão, acessibilidade e equidade no acesso à cultura e à participação política.
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