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Mais uma vez o governo Bolsonaro colocou em leilão (doação) blocos de exploração de petróleo próximos a áreas de conservação ambiental, como o Arquipélago de Abrolhos, no Sul da Bahia. A pressão das entidades, entre elas a FUP, surtiu efeito e não houve ofertas para as áreas com maiores riscos ambientais.
Sem a participação da Petrobrás no leilão, as multinacionais Shell, Ecopetrol e Total arremataram oito áreas exploratórias na Bacia de Santos, que representam 98% do total de R$ 422,4 milhões arrecadados pelo governo nesta quarta-feira (13).
A ANP recebeu lances para 59 das 379 áreas ofertadas, localizadas em 14 setores exploratórios de sete bacias marítimas e terrestres: Santos, Pelotas, Espírito Santo, Recôncavo, Potiguar, Sergipe-Alagoas e Tucano. Os blocos localizados no entorno do Arquipélago de Abrolhos não receberam lances.
Os maiores lances foram dados pela francesa Total Energies, que ofereceu R$ 275 milhões por duas concessões, e pelo consórcio formado por Shell e Ecopetrol, que já haviam atuado em parceria no último leilão da ANP, em 2021. As duas empresas ofereceram R$ 140, 2 milhões por seis áreas. As concessões, apesar de estarem fora do chamado polígono do pré-sal, estão localizadas em áreas com grande potencial de produção de gás natural.
Este foi o terceiro leilão da ANP no modelo de oferta permanente, com licitações realizadas sob demanda, quando as empresas demonstram interesse por áreas disponíveis.
A ANP ainda prevê para este ano mais um leilão, desta vez no modelo de partilha de produção, em áreas do pré-sal.
Confira o levantamento feito pela agência epbr das empresas que adquiriram blocos marítimos e terrestres no leilão da ANP:
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