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O Deputado Federal Aureo Ribeiro tem 42 anos e está exercendo seu terceiro mandato na Câmara Federal. O parlamentar que preside a importante Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara Federal (CFFC), concedeu uma entrevista a Tribuna da Imprensa onde discorreu a respeito de diversos temas como a importância da Lei Aldir Blanc. Além de suas metas de gestão e um balanço de sua atuação na Câmara:
Tribuna da Imprensa – Deputado, qual é a maior dificuldade que encontram para ter mais eficácia no combate à epidemia do novo coronavírus? E a importância da Lei Aldir Blanc?
Dep. Aureo Ribeiro - O maior desafio foi ser algo novo que o mundo não sabia como lidar ou combater. Depois, a crise econômica por conta da necessidade de distanciamento social e redução de atividades, como a própria cultura. Tivemos que nos reinventar em diversas áreas e, claro, os mais pobres, os mais vulneráveis, sofrem mais. Outro problema foi a desigualdade de oportunidades na educação. Um aluno com condições sociais melhores pôde continuar suas aulas online ou indo e voltando à escola de carro. Nossos alunos mais humildes não tinham internet, computador, celular e ficaram sem poder receber suas lições. Isso gerou e vem gerando um grande drama que vamos ter que enfrentar e vai durar alguns anos para nos recuperarmos.
Por fim, o negacionismo por parte do Governo Federal e a demora em estabelecer diretrizes sérias e eficiências colocou o Brasil numa situação de caos: não planejaram atendimento aos doentes; não planejaram compra de vacinas no tempo correto; não planejaram a distribuição das vacinas, por exemplo. Ou seja, não tivemos gestão eficiente e comprometida com o que a situação de uma pandemia merecia.
A Lei Aldir Blanc foi um alívio para os fazedores de Cultura. Principalmente os pequenos fazedores de Cultura. Um socorro para milhares de trabalhadores. Não estamos falando de artistas famosos ou celebridades, mas daqueles que trabalham nos bastidores, por trás das cortinas, no entorno dos artistas e shows.
Tribuna da Imprensa – A administração pública é sempre um grande desafio frente a grandes quantidades de demandas. Principalmente agora que o país enfrenta uma onda de epidemia. Vossa Excelência assumiu a Presidência da importante Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara Federal (CFFC), quais as metas e objetivos pretende seguir?
Dep. Aureo Ribeiro -Já estamos trabalhando firme, com transparência e compromisso. Queremos trazer os Ministros ou os responsáveis pela administração pública e, em última análise, os responsáveis por executar as políticas. Precisamos saber o que podemos esperar da Economia, Saúde, por exemplo. A Comissão é a ferramenta pela qual a população pode cobrar e tomar conhecimento do que acontece dentro das paredes da administração federal. E é isso que vamos entregar ao final da nossa presidência.
Tribuna da Imprensa – Como Presidente Estadual e Vice-Presidente Nacional do Partido Solidariedade, existe alguma diretriz programática que pretende introduzir na sua gestão pública?
Dep. Aureo Ribeiro -Como presidente de partido vejo que a qualificação de nossos entes políticos faz toda a diferença. Por isso, criamos no Solidariedade estadual o Cefor – Centro de Formação. Inaugurado em junho de 2020, demos treinamento para cerca de 2 mil filiados na área de Comunicação para assessores e candidatos, além de treinamento de nossa militância. O resultado foi que o Solidariedade foi o partido que mais cresceu em todo o Estado pós-eleição.
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Também tivemos treinamento para nossos vereadores eleitos e estamos com uma agenda de cursos de formação técnico-política.
Tribuna da Imprensa – Qual é a sua principal meta de gestão?
Dep. Aureo Ribeiro - Continuar a fazer o Partido crescer em qualidade de seus agentes políticos e representação nas três esferas: municipal, estadual e federal.
Tribuna da Imprensa – Na sua visão a classe política num todo tem demonstrado comprometimento com a saúde da população e pratica prevenção serena ou admite truculência contra os cidadãos?
Dep. Aureo Ribeiro -Temos uma parte da classe política dividida e polarizada. Pensando mais nos seus dogmas do que na população que está sofrendo com a pandemia. Mas também vejo muitos políticos que estão encarando a questão da Saúde e da Economia com seriedade, serenidade e colocando o papel do agente público sobre cores partidárias. Isso demonstra amadurecimento e fortalecimento de nossa democracia.
Tribuna da Imprensa – Um balanço da sua atuação Câmara e do atual governo?
Dep. Aureo Ribeiro -O Governo Federal se perdeu em meio à pandemia. Não temos políticas de Saúde, Educação, Meio Ambiente e, principalmente, de um rumo na Economia. Se integrantes do Governo se concentrassem mais em dar respostas à sociedade quanto a geração de emprego e renda para os brasileiros, certamente teríamos mais oportunidades para todos e também menos dificuldades para enfrentar o maior inimigo que temos hoje em nosso país: o vírus. A falta de gestão tem tornado a vida do brasileiro muito difícil. O resultado disso é que temos um Custo Brasil muito alto. Gasolina a R$6,00; quilo do arroz a R$5,00; quilo do feijão a R$9,00; gás custando R$80,00. Esse não é mais o Brasil para brasileiros. É um Brasil que está aumentando a miséria, o desemprego e a desesperança de brasileiros.
A Câmara tem sido o pêndulo da estabilidade, do equilíbrio. Nós lutamos e votamos o auxílio emergencial. Nós temos lutado e votado leis que estão protegendo nossa população de uma situação pior da que estamos vivendo. Temos apoiado bastante governadores e prefeitos na luta contra a estagnação da economia e em recursos para combater a pandemia.
Tribuna da Imprensa – Considerações finais (tema livre).
Dep. Aureo Ribeiro -Muitos acham que a radicalização, a polarização, fará bem para o Brasil. Devemos nos remeter a nossa história recente e também a história de opressão que alguns governantes têm imposto aos seus governados em vários países. O que quero dizer é que a democracia é a única forma de fazermos o Brasil voltar a crescer e ter um futuro digno para os brasileiros. Seja na alternância de poder, seja na valorização da representação popular, seja na conduta moral e ética de seus governantes. E, enquanto o povo puder cobrar, fiscalizar, decidir teremos uma nação mais justa. Temos ainda enormes desigualdades sociais, mas é através do exercício da democracia e do voto que poderemos vencer essas distâncias.
Foto: Divulgação.
Ralph Lichotti - advogado, jornalista e diretor da Tribuna da Imprensa Digital.
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