Entrevista com Simone Peregrino, da Health Meds, na Rio Innovation Week: Esclarecendo a Diferença Entre Cannabis Medicinal e Recreativa

Simone Peregrino discute a legalização e os benefícios da cannabis medicinal

  Diretamente do Rio de Janeiro, na Innovation Week, trazemos uma entrevista exclusiva com Simone Peregrino, especialista em cannabis medicinal. Ela esclarece as dúvidas sobre o uso da cannabis e a diferença entre a cannabis medicinal e recreativa, além de discutir o atual cenário de legalização no Brasil.

Diferença entre Cannabis Medicinal e Recreativa
Simone enfatizou a importância de distinguir entre o uso da cannabis medicinal e recreativa. A cannabis medicinal é vista como uma alternativa terapêutica valiosa para o tratamento de diversas condições de saúde, enquanto o uso recreativo, também conhecido como "uso adulto responsável", é algo distinto. Ela esclareceu que discriminar o porte da droga para o usuário não impacta no acesso ao uso terapêutico, o qual tem trazido avanços significativos na terapia.

Legalização e Acesso
No Brasil, a cannabis medicinal já está legalizada pela ANVISA, permitindo a importação e venda do produto. Existem laboratórios que disponibilizam produtos de cannabis em farmácias, facilitando o acesso das pessoas que necessitam.

Legislação no Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, existem associações de pacientes que cultivam a cannabis para seu uso medicinal. Alguns pacientes se beneficiam do tratamento para condições como epilepsia refratária, dor crônica, doenças neurodegenerativas (Alzheimer, Parkinson, esclerose múltipla), entre outras.

Cannabis na História

Simone Peregrino também discutiu o histórico do uso medicinal da cannabis, que remonta ao Egito antigo, onde foram encontrados os primeiros registros. A planta era conhecida pela "folhinha de cannabis", e sua utilização se difundiu no ocidente durante as colônias inglesas no século XVII. Hoje, estamos na contemporaneidade, com a cannabis medicinal sendo uma alternativa terapêutica valiosa.

Uso durante a Gravidez

Quando questionada sobre o uso durante a gravidez, Simone destacou que, embora o THC presente na cannabis possa ser eficaz no tratamento de náuseas, a gestante não é considerada uma paciente elegível devido à falta de segurança comprovada. É essencial buscar orientação de especialistas para tomar decisões seguras durante a gestação.

A entrevista com Simone Peregrino na Semana de Inovação do Rio de Janeiro esclareceu muitos aspectos cruciais sobre a cannabis medicinal e sua legalização no Brasil. É um campo em constante evolução, trazendo esperança e tratamento para diversas condições de saúde.

Por Jéssica Porto e Robson Talber/ Repórter Ralph Lichotti

Por Jornal da República em 07/10/2023
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