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Quarta-feira, 30 de março, 8h29.
Nesse dia, data e hora, o eterno país do futuro que foi empurrado para o esgoto civilizatório após o golpe de 2016 e que hoje se degrada sob um governo militarizado com a ala ressentida pós-ditatura que voltou ao poder, celebrou em nota a ditadura militar e postou, via Ministério da Defesa, a exaltação do golpe de Estado de 1964.
Golpe que censurou, perseguiu, prendeu, torturou e assassinou com dinheiro do contribuinte, mas a reação não ficou barata nas redes sociais e amanhã promete movimentar as ruas com atos de protestos por todo o país.
A deputada federal Natália Bonavides (PT-RN), reagiu nas redes.
“ÓDIO E NOJO! Bolsonaro e o séquito da morte tripudiam em cima das vítimas da ditadura e comemoram o Golpe Militar de 64. Canalhas! São rasteiros, celebram tortura e perversidade. Não permitiremos que a história seja reescrita por assassinos! #DitaduraNuncaMais”
Quem também registrou sua repulsa com a hastag que está nos trends topics na noite desta quarta-feira foi Cecília Oliveira, ativista de Direitos Humanos.
“Ódio e nojo da ditadura. Para que não se esqueça. Para que nunca mais aconteça #DitaduraNuncaMais”
País que não reparou os escravos ao fim dos 388 anos de escravidão, mas sim os donos de escravos, o Brasil seguiu em sua tradição autoritária e não fez Justiça de Transição como ocorrido na Argentina, que puniu os generais responsáveis pelo regime sangrento no país hermano.
Ao contrário, nos tristes trópicos a cara de pau dos militares é tão grande que eles conseguiram impor uma narrativa de que o evento do dia 1º de abril de 1964 e não no dia 31 de março, foi uma revolução e não um golpe de Estado.
Bob Fernandes, combatente jornalista reagiu com a contundência e precisão que lhe são peculiares.
“Essa ordem do dia é um escárnio, deboche de uma geração caquética, embolorada, farsantes que retomaram o Poder para servir a si mesmos e nada mais. Como definiu Ulysses Guimarães ao promulgar a Constituição de 88, temos “ódio e nojo à ditadura”.
O ator Michel Melamed fez um inteligente jogo de palavras para criticar a hipocrisia dos responsáveis pelo atual quadro de miséria que assola o país e voltaram ao poder como viúvas vingadas.
“Para impedir um regime totalitário implantamos um regime totalitário para impedir um regime totalitário… Ódio e nojo à ditadura.”
Esta Tribuna, que segue a tradição de Hélio Fernandes de defesa da Soberania Nacional, contra o entreguismo histórico de um exército submisso ao imperialismo e contra o interesse do povo brasileiro repudia, veemente essa asquerosa ordem do dia.
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