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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), inelegível até 2030 e alvo de três indiciamentos pela Polícia Federal, deu início a uma nova campanha para recuperar seus direitos políticos. Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, Bolsonaro declarou "guerra" à Lei da Ficha Limpa, legislação que ele próprio já defendeu como essencial para o país.
De acordo com o jornalista Francisco Leali, Bolsonaro utilizou as redes sociais, onde possui grande influência, para criticar a legislação que impede políticos condenados de se candidatarem por oito anos. Segundo ele, há apenas duas alternativas: revogar a lei ou modificar o prazo de inelegibilidade para dois anos.
O movimento gerou reações entre seus ex-seguidores. Nas redes sociais, usuários que antes o apoiavam passaram a expressar decepção com a tentativa de mudar as regras para seu próprio benefício. Um exemplo disso é um vídeo viral de uma ex-eleitora que afirma ter abandonado o ex-presidente após sua investida contra a legislação. Para ela, essa atitude foi a "gota d'água" para desistir do bolsonarismo.
Bolsonaro argumenta que a Ficha Limpa afeta apenas políticos de direita, tese que acabou refutada por usuários da internet. A lei foi aplicada contra diversas figuras públicas, incluindo o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que foi impedido de disputar as eleições de 2018 devido a uma condenação em segunda instância.
A proposta para reduzir a punição foi apresentada ao Congresso por um grupo de 73 deputados aliados de Bolsonaro, por meio do Projeto de Lei Complementar 141/2023. O texto sugere que o tempo de inelegibilidade caia de oito para dois anos. Para justificar a proposta, seus defensores utilizam uma fala do ministro Luís Roberto Barroso, atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), que há mais de dois anos mencionou a possibilidade de reavaliar a lei para evitar "resultados injustos".
A ofensiva de Bolsonaro contra a Ficha Limpa reacende debates sobre a moralidade na política e coloca em xeque o compromisso de seus aliados com o combate à corrupção. Enquanto isso, a sociedade observa os desdobramentos e a reação do Congresso diante da tentativa de flexibilizar uma das mais importantes legislações eleitorais do país.
Fonte e foto: Urbsmagna
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