Exercíto indiciará militares que assinaram carta de adesão a golpe para perpetuar Bolsonaro

Exercíto indiciará militares que assinaram carta de adesão a golpe para perpetuar Bolsonaro

  Em um desdobramento relevante para as Forças Armadas e o cenário político do país, o Exército Brasileiro anunciou o indiciamento de três militares para aplicar uma carta que pressionava o comando da instituição a impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2022. Os coronéis Anderson Lima de Moura, Carlos Giovani Delevati Pasini e José Otávio Machado Rezo foram indicados pelo Inquérito Policial Militar, suspenso desde agosto pela ordem do general Tomás Paiva. A investigação, além de investigar a pressão sobre o comando, buscou apurar possíveis crimes militares envolvidos na autoria e divulgação do documento.

A carta, tornada pública em novembro de 2022, foi dirigida ao general Marco Antônio Freire Gomes, na época comandante do Exército, e solicitava uma intervenção das Forças Armadas em favor dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em seu conteúdo, os coronéis expressaram estar "prontos para cumprir sua missão" e mencionaram a necessidade de "restabelecer a lei e a ordem", insinuando apoio a possíveis ações que questionariam o processo democrático e a vitória eleitoral de Lula.

No entanto, o caso do coronel Alexandre Castilho Bitencourt da Silva, inicialmente investigado, foi suspenso por decisão judicial, deixando-o temporariamente fora do processo. Já os três indiciados agora enfrentam possíveis acusações de crimes militares, em um episódio que levanta importantes discussões sobre a autonomia militar, o papel das Forças Armadas na política e o respeito ao resultado das urnas.

O general Tomás Paiva, que experimentou o início das investigações, destacou que a investigação do inquérito é garantir a disciplina e a autorização das Forças Armadas em momentos críticos para o país. Esse caso reflete também as solicitações internas dentro do Exército e o desafio de lidar com ações de militares que se envolvem diretamente em questões políticas.

 

Fonte: urbsmagna

 

Por Jornal da República em 01/11/2024
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