Fábio de Mello morre aos 61 anos e deixa grande legado

Rio Luto! Morre Fábio de Mello

Fábio de Mello morre aos 61 anos e deixa grande legado

Via Tupi

Nesta terça-feira (28), o mundo do samba perdeu um de seus ícones mais brilhantes, Fábio de Mello, falecido aos 61 anos. O coreógrafo ficou conhecido por redefinir a arte da comissão de frente nas escolas de samba do Rio de Janeiro. A Imperatriz Leopoldinense, escola que recebeu grande parte do talento de Fábio, confirmou a notícia do falecimento, deixando o mundo do Carnaval em luto.

Nascido em Friburgo, na Região Serrana do Rio, Fábio de Mello começou sua trajetória no Carnaval em 1992, graças ao convite da consagrada carnavalesca Rosa Magalhães. Fábio rapidamente destacou-se por suas coreografias inovadoras, que transformaram desfiles em espetáculos visionários. Durante sua carreira, enfrentou desafios significativos, como dificuldades financeiras e a Síndrome de Guillain-Barré, mas jamais deixou que esses obstáculos ofuscassem seu brilho na Sapucaí.


Fábio de Mello começou sua trajetória no Carnaval em 1992. Foto: Reprodução / Facebook
Quem foi Fábio de Mello e qual foi sua contribuição para o Carnaval?

Fábio de Mello foi a mente por trás de inúmeras apresentações marcantes de comissões de frente, um segmento essencial para o sucesso no carnaval carioca. Seus feitos na Imperatriz Leopoldinense, onde conquistou 12 notas máximas consecutivas de 1992 a 2002, são um testemunho de seu talento inigualável. Além da Imperatriz, ele também colaborou com outras renomadas escolas de samba como Beija-Flor de Nilópolis, Unidos do Viradouro e Mocidade Independente de Padre Miguel.

Suas criações eram conhecidas por explorar o espaço da avenida de maneira única, utilizando o movimento dos componentes para formar figuras complexas e impactantes. Fábio foi agraciado sete vezes com o Estandarte de Ouro, um dos prêmios mais prestigiados do Carnaval, consolidando seu posto como um dos maiores coreógrafos da história do carnaval carioca.

Quais foram as inovações trazidas por Fábio ao mundo do samba?
O trabalho de Fábio de Mello na comissão de frente foi marcado por inovações que transformaram a dinâmica dos desfiles. Ele adotou uma abordagem que levava em consideração a estrutura única da Marquês de Sapucaí, utilizando o “palco vertical” do sambódromo para criar coreografias que interagiam diretamente com o público. Fábio idealizou movimentos sequenciais que faziam os componentes desenharem flechas na pista, uma técnica que redefiniu o quesito e deixou sua marca permanente na história do carnaval.

Coreografias que aproveitavam a verticalidade e o movimento do sambódromo.
Criações impactantes que formavam figuras específicas na avenida.
Integração do público como parte do espetáculo, promovendo maior interação.
Qual o impacto de sua morte para a Imperatriz Leopoldinense e para o Carnaval?


A morte de Fábio de Mello representa uma perda irreparável para a Imperatriz Leopoldinense e para o carnaval brasileiro como um todo. Durante mais de 20 anos, Fábio trabalhou incansavelmente para garantir o sucesso da escola, ajudando-a a conquistar cinco campeonatos entre 1994 e 2001. Sua parceria com Rosa Magalhães foi particularmente frutífera, rendendo coreografias inesquecíveis que ainda ressoam no coração dos amantes do samba.

Em nota oficial, a Imperatriz citou a importância do legado do coreógrafo, salientando seu papel fundamental na história da escola e do carnaval. A habilidade de Fábio para inovar e encantar o público o consagrou como um dos maiores artistas do carnaval carioca, um status que permanecerá inalterado mesmo após sua partida.

Por Jornal da República em 30/01/2025
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