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Em um país onde o próprio presidente da República conspira, desde a sua posse, contra a democracia ao descredibilizar as instituições, foi preciso uma afirmação contundente de quem conduz o processo eleitoral e foi o que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Edson Fachin fez ao afirmar, nesta quinta-feira, que a corte não se dobrará a quem quer que seja e destacou que é a população desarmada quem trata das eleições no país, em fala durante solenidade de acompanhamento de uma das etapas dos testes públicos de segurança das urnas eletrônicas.
"A contribuição que se pode fazer é de acompanhamento do processo eleitoral. Quem trata de eleições são forças desarmadas e, portanto, as eleições dizem respeito à população civil, que de maneira livre e consciente escolhem seus representantes", disse ele, reiterando que o processo eleitoral brasileiro é limpo e seguro.
"Logo, diálogo sim, colaboração sim... mas na Justiça Eleitoral quem dá a palavra final é Justiça Eleitoral e assim será durante a minha presidência e estou seguro de que isso também prosseguirá na gestão do ministro Alexandre de Moraes", emendou.
Moraes sucederá Fachin no comando da corte e a presidirá durante as eleições gerais de outubro deste ano.
"A Justiça Eleitoral está aberta a ouvir, mas jamais estará aberta a se dobrar a quem quer que seja tomar as rédeas do processo eleitoral", reforçou.
Os comentários de Fachin ocorrem em meio a novas críticas e ataques feitos pelo presidente Jair Bolsonaro ao sistema de votação eletrônico. Bolsonaro sugeriu que as Forças Armadas façam uma apuração paralela da eleição, iniciativa que não tem qualquer amparo legal.