Família de Moïse não teve acesso ao inquérito, denuncia presidenta da CDH da Alerj

Família de Moïse não teve acesso ao inquérito, denuncia presidenta da CDH da Alerj

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) atendeu nesta quinta-feira (3) a família de Moïse Mugenyi Kabagambe, o congolês assassinado brutalmente no quiosque Tropicália, na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. A deputada estadual Dani Monteiro (PSOL), que preside a comissão, deu detalhes no Jornal da Fórum sobre a situação da família de congoleses, desamparada pelo Estado.

“A gente vem dando conta do atendimento da família do Moïse desde segunda-feira, hoje foi nosso segundo atendimento e busca dar conta das mais diversas demandas que eles apresentam. Desde demandas de saúde – a saúde mental de Dona Ivone, mãe dele – mas também a garantia de demandas estruturais”, afirmou Dani Monteiro em entrevista aos jornalistas Lucas Rocha e Miguel do Rosário, no Jornal da Fórum.

“Moïse morreu cobrando R$200, ele era parte da renda da família. Há uma preocupação com essas demandas estruturais e com a segurança também”, completou a deputada, destacando ainda a importância da imprensa para que o caso não caia no esquecimento.

Monteiro denunciou que a família de Moïse ainda não teve acesso ao inquérito e tem recebido informações da investigação apenas através da imprensa. “É estarrecedor. A família tem direito a ter acesso ao inquérito. Quem dispôs o laudo cadavérico à família foi a imprensa”, afirmou.

A deputada evitou atribuir o caso à milícia e disse que é papel da Polícia Civil prestar esclarecimento sobre as investigações. “É precipitado eu colocar uma relação direta com a milícia, mas as autoridades deveriam nos dizer se o caso está ou não atrelado à milícia, se o dono do quiosque tem relação”, declarou.

“O assassinato de Moïse escancara a necessidade de debater a situação de imigrantes e refugiados no Brasil. As políticas públicas são praticamente nulas. No Rio não há nenhum dado sobre a população imigrante refugiado”, completou. (Por Lucas Rocha, da Revista Fórum)

Por Jornal da República em 04/02/2022

Comentários

  • Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!

Notícias Relacionadas

Justiça homologa Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre Ministério Público e o Vasco da Gama
27 de Setembro de 2023

Justiça homologa Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre Ministério Público e o Vasco da Gama

Justiça mantém reajuste nas passagens de ônibus de São Paulo
01 de Janeiro de 2025

Justiça mantém reajuste nas passagens de ônibus de São Paulo

Homem de 70 anos é preso no Rio por comercializar símbolos nazistas
17 de Abril de 2025

Homem de 70 anos é preso no Rio por comercializar símbolos nazistas

STJ nega tradução de todo processo e dá prazo para defesa de Robinho
16 de Agosto de 2023

STJ nega tradução de todo processo e dá prazo para defesa de Robinho

Aguarde..