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O vice-presidente da farmacêutica chinesa CanSino Biologics, Pierre Morgon, desmentiu o depoimento do deputado Ricardo Barros à CPI da Covid nesta quinta-feira (12) e disse que continua interessada em vender seu imunizante contra a Covid para o Ministério da Saúde.
Ao jornal Valor, Morgon afirmou que a CanSino decidiu substituir sua representante no Brasil por questões de compliance. O vice-presidente afirmou ainda que os chineses seguem em busca de um representante “confiável”.
Em depoimento à CPI da Covid, Ricardo Barros afirmou que os chineses não estavam mais interessados em negociar com o Brasil, mas após o retorno ao depoimento de Barros, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) informou à CPI, de forma enfática, que a CanSino havia desmentido o líder do governo na Câmara e pediu ao presidente da CPI que solicitasse ao Supremo Tribunal Federal (STF), informações sobre medidas a serem tomadas contra parlamentares que mentissem à CPI.
Após a fala de Alessandro, o senador Omar Aziz acatou o pedido, encerrou o pedido também de forma aborrecida e a partir de então a “guerra de narrativas” entre governistas e oposição passou a ser travada no espaço reservado às coletivas para a imprensa.
Em junho, a CanSino rescindiu o contrato com a empresa brasileira Belcher Farmacêutica. A empresa, que tem sede em Maringá, foi alvo da operação "Falso Negativo" e é suspeita de fazer parte de um esquema que superfaturou testes de coronavírus adquiridos pelo Governo do Distrito Federal. Um dos sócios da Belcher é filho de Francisco Feio Ribeiro Filho, que foi presidente da empresa de urbanização de Maringá, a Urbamar, durante a gestão de Ricardo Barros como prefeito da cidade, entre 1989 e 1992.
Em depoimento à CPI, Barros admitiu que é amigo dos donos da empresa e que seu advogado pessoal representou a Belcher em reuniões com a Anvisa para tratar da vacina, mas negou que tenha atuado para favorecer a empresa.
(Do Brasil247, Foto Pedro França/Agência Senado)
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