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São Paulo, 12 de setembro de 2024 — Isaac Sidney, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), defendeu hoje a antecipação da exclusão do uso de cartões de crédito para o pagamento de apostas eletrônicas e esportivas. A declaração foi feita em um evento com jornalistas na capital paulista, onde Sidney destacou a necessidade urgente de restrições mais rigorosas para evitar impactos negativos na renda dos correntistas e no aumento da inadimplência.
"Eu particularmente entendo – e essa é uma posição pessoal – que o governo deveria usar todos os meios legais para proibir, imediatamente, o uso do cartão de crédito para a realização de jogos. A feita ainda não está sendo observada. O cartão é um produto fundamental e seu uso para apostas já está afetando o consumo das famílias e aumentando a inadimplência”, afirmou Sidney.
A posição do presidente da Febraban foi expressa como uma opinião pessoal e não reflete necessariamente a posição oficial da federação ou dos bancos associados. Em uma nota, a Febraban destacou que Sidney não fala em nome da entidade neste contexto.
Atualmente, a regulamentação das apostas eletrônicas, que inclui a restrição ao uso de cartões de crédito, está prevista para entrar em vigor apenas em janeiro de 2025. O Ministério da Fazenda já determinou que, a partir desses dados, as apostas só poderão ser pagas por meio de Pix, transferência bancária ou subsídio.
Sidney revelou que o tema foi pensado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo ele, a Febraban está atenta ao impacto das apostas no superendividamento das famílias e considera que o aumento das apostas esportivas pode influenciar melhorias nas condições de concessão de crédito, levando a juros mais altos.
A antecipação da proibição proposta por Sidney visa mitigar os riscos associados ao aumento da inadimplência e proteger o bem-estar financeiro dos brasileiros. O debate sobre a regulamentação das apostas e o uso de cartões de crédito continua em foco, com o setor financeiro e as autoridades governamentais avaliando possíveis medidas para conter os efeitos adversos.
Fonte: Brasil247
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