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Durante entrevista concedida nesta terça-feira (8), ao programa Estúdio i, da GloboNews, apresentado por Andréia Sadi, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, fez duras críticas à tentativa do ex-presidente Jair Bolsonaro de minimizar os ataques antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023.
Ao ser questionado pelo jornalista Valdo Cruz sobre a fala de Bolsonaro — que, em manifestação na Avenida Paulista, classificou os atos como "não graves" e afirmou que os condenados estariam pagando "penas de bandidos" — Gilmar Mendes foi direto: “Os fatos são extremamente graves. Nós estivemos muito perto de um golpe de Estado, de uma tragédia política”.
O ministro destacou que os acampamentos instalados em frente aos quartéis, que antecederam os ataques aos Três Poderes, foram sustentados por uma infraestrutura complexa, com fornecimento de água, energia elétrica e até serviços como cabeleireiros, indicando uma organização financiada e respaldada por determinados grupos. Ele também criticou a passividade de setores institucionais, inclusive militares, em relação à movimentação golpista.
“Não se exerce direito de reunião em frente a quartéis, como não se faz em frente a hospitais. Foi um tipo de direito de reunião subsidiado”, observou Gilmar, ressaltando a gravidade do que classificou como um “manejo autorizado”.
Durante a entrevista, o ministro fez um alerta contundente sobre os riscos que a democracia brasileira enfrentou com os ataques. “É preciso perceber a gravidade. Não sei quantificar se é mais grave roubar um celular ou jogar o país num abismo, mas essa é a dimensão que precisamos traduzir para as pessoas”, declarou.
Embora tenha admitido que Bolsonaro pode ter algum respaldo ao apontar uma “sucessão de erros” na condução de parte dos eventos, Gilmar Mendes frisou que a responsabilização dos mentores intelectuais dos ataques está sendo feita. "Agora, os responsáveis estão sendo punidos", concluiu.
Fonte: Urbsmagna
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