Fórum Econômico Mundial: Como os riscos globais podem impactar carreiras e negócios?

Especialista em carreira mostra como transformar os riscos globais em soluções e oportunidades no ambiente profissional

Fórum Econômico Mundial: Como os riscos globais podem impactar carreiras e negócios?

O mundo tem passado por muitas mudanças e enfrentado um conjunto de riscos. Depois da pandemia de COVID-19 onde a população começou a voltar ao ‘novo normal’, tivemos a eclosão da guerra na Ucrânia que deu início a uma nova crise de alimentos e energia, gerando inflação e mudando a economia de vários mercados. Mesmo diante de muitos desafios externos que impactam diretamente as empresas e a população no Brasil e no mundo, Rebeca Toyama, especialista em carreira e comportamento, traz 5 dicas de como converter os riscos em oportunidades de crescimento no ambiente profissional.

De acordo com o relatório de Riscos Globais 2023, publicado pelo Fórum Econômico Mundial (WEF), estamos vendo o retorno de riscos ‘antigos’, como a inflação, crises de custo de vida, guerras comerciais, saídas de capital de mercados emergentes, agitação social generalizada e confronto geopolítico. E a crise do custo de vida é classificada como o risco imediato mais grave, junto com a crise climática, como o maior risco daqui a 10 anos.

Ainda segundo uma pesquisa realizada pelo WEF, 18% dos economistas-chefes de setores público e privado entrevistados consideraram uma recessão mundial extremamente provável em 2023. Esse dado é mais do que o dobro da pesquisa anterior realizada em setembro de 2022. 

Para a especialista, tudo o que se discute no Fórum Econômico Mundial de fato influencia as pessoas e empresas de todo o mundo, ainda que boa parte da população ainda não entenda essa associação. O Fórum sempre deixa importantes lições, por isso é relevante acompanhar o tema, filtrando o que se pode levar tanto para o dia a dia das empresas quanto para a estratégia de carreira.

“Aqui vale ressaltar o poder da colaboração e o que cada pessoa pode fazer para ajudar o mundo a combater esses riscos. Todos podem e devem se engajar nessa temática”, afirma Rebeca Toyama, especialista em carreira e comportamento. 

Riscos impactam a carreira

Como no conceito de Life Long Learning, em tradução livre aprendizado ao longo da vida, sempre temos que estar aprendendo, e para melhor visualizar os riscos globais, de acordo com a especialista em carreira, os profissionais precisam adquirir conhecimentos que resolvam problemas reais, e o relatório de  riscos globais  mostra os desafios e os problemas pelo quais o planeta vai passar.

"Podemos usar também o conceito de aprendizagem ativa, pois o que sustenta uma carreira não é a quantidade de conhecimento adquirido, mas sim a capacidade de resolver problemas reais. Vale ressaltar que os riscos trazem um direcional para essa requalificação, para assim buscar o conhecimento e as tecnologias necessárias para superar os desafios presentes no cenário atual”, comenta Toyama. 

Riscos impactam as empresas

Para Rebeca Toyama, os temas discutidos merecem toda nossa atenção agora para garantir a sustentabilidade do planeta, dos negócios e das carreiras. Portanto, é irresponsabilidade das empresas e dos líderes  não se interessarem pelo tema.

Quando se conhece os riscos, é muito mais fácil proteger o negócio e ter um planejamento estratégico mais assertivo. Além disso, conhecer os riscos globais traz também o entendimento sobre como proteger a sociedade e como colaborar com algum tipo de solução com relação aos riscos.

“Não é ignorando os riscos que resolvemos eles. O ponto-chave é tomar consciência dos riscos e tocar os negócios de forma consciente. E assim, se consegue não só ter mais resultados, como ajudar os nossos clientes a resolverem seus problemas. Aqui vale relacionar o impacto de cada um dos riscos do relatório com os resultados de sua carreira e do seu negócio”, explica.   

Riscos impactam também a população 

Segundo Toyama, a população precisa vestir a camisa e não ter um olhar apartado, como se a sociedade não tivesse relação com os riscos. As alterações climáticas - impacto ambiental, por conta do desmatamento e da ação do homem na natureza; aumento da inflação, a fome, o desemprego - problemas sociais, por conta dos confrontos econômicos e guerras, tudo isso é discutido no Fórum, e tudo faz parte da vida e da realidade de toda a população. 

“Cada um de nós vai ajudar a pagar essa conta, porém, o primeiro passo é educar e conscientizar pessoas e empresas. Nem as empresas, nem os governos e nem terceiro setor conseguirá resolver esse problema sozinho, e a única forma que temos de não sucumbir os riscos é desenvolvendo a competência de colaboração, como o próprio tema do Fórum esse ano nos lembrou ‘cooperação em um mundo fragmentado’.”, finaliza Rebeca Toyama. 

Rebeca Toyama, especialista em carreira e comportamento, traz 5 dicas de como converter os riscos em oportunidades:  

    1. Comece a se interessar pelo tema, isso ajudará você ampliar sua visão e encontrar oportunidades;
       
    2. Assuma uma postura protagonista, identificando os possíveis impactos dos riscos em seu negócio ou carreira;
       
    3. Desenvolva um espírito colaborativo focando sua carreira ou seu negócio na solução de problemas reais;
       
    4. Promova rodas de conversa sobre o tema com sua equipe para que cada vez mais o tema possa ser disseminado;
       
    5. Inclua entre seus indicadores de performance metas que contribuam com a redução dos riscos ou transforme-os em oportunidades.
       

Sobre Rebeca Toyama

Rebeca Toyama é fundadora da ACI, signatária do Pacto Global da ONU. Mestre em Psicologia Clínica e Administradora. Especialista em educação corporativa, carreira e bem-estar financeiro. Atua há 20 anos como palestrante, mentora e coach. Integra o corpo docente da pós-graduação da ALUBRAT, da Galícia Educação, da Universidade Fenabrave e do Instituto Filantropia. Colaboradora do livro Tratado de Psicologia Transpessoal: perspectivas atuais em psicologia: Volume 2; Coaching Aceleração de Resultados e Coaching para Executivos.

Da Editoria Última Hora / Agência Brasil

 

Por Jornal da República em 29/01/2023

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