Assine nossa newsletter e fique por dentro de tudo que rola na sua região.
A Frente Parlamentar Pela Humanização e Atenção dos Atendimentos nos Serviços Públicos, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), realizou audiência pública, nesta segunda-feira (20/03), para debater os desafios da humanização do ambiente de trabalho e a entrega dos serviços prestados pelos agentes da área de segurança pública do estado. Essa foi a primeira reunião do colegiado na nova Legislatura.
“É importante entender não só a qualidade da prestação de serviço, mas também a condição básica para a realização desse serviço. A nossa intenção é fazer com que outras pessoas não sofram com maus-tratos e acolhimentos inadequados. Humanizar, dar atenção e prestar um atendimento de qualidade seja ele em que área for é dever de todos os servidores, mas não é uma tarefa muito fácil e requer planejamento, treinamento e empatia”, disse o presidente da Frente, deputado Danniel Librelon (Rep).
Para o subsecretário de Administração da Polícia Militar, coronel Renato Neto, é um desafio diário para a instituição aperfeiçoar a sua prestação de serviço e o atendimento à sociedade. “A melhor forma para transformarmos esse ambiente é no momento da formação, através dos cursos de capacitação e treinamento. Além das disciplinas técnicas, nós temos disciplinas de direitos humanos, ética e cidadania, e mais recentemente da Patrulha Maria da Penha, que hoje é referência nacional”, comentou.
O subsecretário destacou, ainda, a importância de cuidar da saúde mental dos servidores da segurança pública para a melhoria da prestação de serviço. “Nós não teremos condições de ter policiais militares que atendam bem à sociedade se eles não estiverem sadios, se sentindo acolhidos e protegidos emocionalmente. Vamos inaugurar, ainda este ano, um núcleo de atendimento à saúde do policial militar, com um grupo de psicólogos e psiquiatras exclusivamente dedicados a acompanhar e monitorar o estado de saúde dos nossos profissionais”, acrescentou.
Durante a audiência, foi relatado o caso da vice-presidente da Diretoria de Prerrogativas da OAB/RJ, Carolina Miraglia, presa ilegalmente por um delegado, em 2019. Na ocasião, a advogada vivenciou situações de violação de direitos dentro das instituições policiais. “Eu fiquei presa por 21 horas na Delegacia de Polícia Interestadual, em um local sem nenhuma condição humana. Depois de transferida, fiquei algemada com mais de 20 pessoas e fui colocada em uma cela comum. Isso me transformou e eu quero levar isso a outras pessoas. A luta é de conscientização do ser humano, de entender a sua condição e como você deve tratar o próximo”, contou a advogada.
Presente na reunião, o deputado estadual João Luiz Almeida da Silva (Rep), do Amazonas, incentivou a iniciativa da frente parlamentar em abordar o tema da humanização. “Essa interligação de conhecimento só vem enriquecer e melhorar o serviço público. Quando começamos a abordar essas temáticas, outras instituições passam a ver seus problemas internos e vêm para o debate, principalmente depois da pandemia de covid-19, em que as pessoas passaram a ficar mais adoentadas emocionalmente. Vamos levar esse exemplo paro Amazonas”, disse. (Do site da Alerj)
Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!