Frente parlamentar de Energia Nuclear convoca audiência pública para discutir término da obras de Angra III

Frente parlamentar de Energia Nuclear convoca audiência pública para discutir término da obras de Angra III

Discutir a importância da continuidade das obras da Usina Nuclear de Angra III localizada no município de Angra dos Reis, na Costa Verde, região sul do Rio de Janeiro. Essa é a finalidade da audiência pública convocada pelo deputado Julio Lopes (PP), presidente da Frente Parlamentar de Atividades Nucleares votada e aprovada pela Comissão de Minas e Energia. De acordo com o parlamentar, Angra III é a terceira maior usina nuclear do Brasil com uma capacidade energética de 1.400 megawats, gerando enorme economia para milhões de consumidores. 

- Estamos requerendo com urgência a Comissão de Minas e Energia essa audiência para que, apesar de já haver parecer positivo do ministro na reunião do Conselho Nacional de Política Energética e também do BNDES, ainda não foi marcada uma nova reunião para discutir e deliberar sobre a retomada das obras de Angra III, para que assim haja maior transparência em relação ao cronograma, custos, modelo de financiamento e o impacto no setor elétrico. Essa audiência quer abrir maior espaço para o diálogo entre o governo, a sociedade civil e o setor produtivo, o que irá garantir maior clareza sobre os desafios e soluções para que as obras sejam rapidamente concluídas, já que o sistema nuclear brasileiro é  extremamente rentável e de alta performance, com um fator de capacidade de mais de 90% onde já foram investidos cerca de R$ 11 bilhões de reais nas obras de Angra III - disse.

 Julio explicou ainda que a confusão em relação aos valores é que misturaram as contas de Angra I e II, um investimento de já levou mais $1 bilhão de dólares e que por inúmeras razões esteve com as obras paradas por mais de 20 anos com custos extremamente altos, que estão sobrecarregando o sistema nuclear brasileiro.

  - As contas de Angra III precisam ser segregadas das contas de Angra I e Angra II que são usinas rentáveis e que dão bons resultados. Porém, quando misturadas, inviabilizam o sistema inteiro; até porque foram já contratados 600 funcionários através de concurso para o funcionamento de Angra III que estão sendo pagos pelos sistemas de Angra I e Angra III, o que obviamente vem onerando e muito o sistema nuclear brasileiro - explicou.

Foram convidados para participarem da audiência, o ministro de Estado de Minas e Energia, Alexandre Silveira; o ministro chefe da Casa Civil, Rui Costa; Luciana Santos, ministra de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação; Jorge Messias, advogado-geral da União; Ivan de Souza Monteiro - Presidente da Eletrobras; Raul Lycurgo Leite - Presidente da Eletronuclear; Francisco Rondinelli Junior - Presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN); Celso Cunha, presidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN); Carlos Henrique Silva Seixas, presidente da ABEN (Associação Brasileira de Energia Nuclear) e da NUCLEP (Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A.); Adauto Seixas, presidente da INB (Indústrias Nucleares do Brasil); Silas Rondeau Cavalcante Silva, presidente da ENBPar (Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional) e João Leal, Coordenador de Energia Nuclear da Seenemar/RJ (Secretaria de Estado de Energia e Economia do Mar do Rio de Janeiro). Também foram convidados  representantes do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Por Jornal da República em 12/04/2025

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