Funcionários da Abin protestam para ficar longe dos militares

Servidores não aprovaram a mudança da ABIN para o GSI na MP dos Ministérios

Funcionários da Abin protestam para ficar longe dos militares

O deputado federal Isnaldo Bulhoes (MDB-AL), relator da MP dos Ministérios, que reorganiza a esplanada ministerial, anunciou a mudança da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) do Ministério da Casa Civil para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), de comando militar.

A Abin esteve sob comando militar do GSI até a gestão Cappelli. Recentemente, o governo Lula enviou o órgão de inteligência para o comando do ministro Rui Costa (PT), que comanda a Casa Civil.

Após a decisão de Bulhões, a União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin (INTELIS), que reúne os profissionais do órgão, emitiram uma nota contrariando a decisão do deputado.

A INTELIS "recebe com perplexidade o resultado das discussões no CN" e afirmam que a Abin "ser e permanecer um órgão integrado à Casa Civil" é uma "conquista histórica e justa, defenidade e aplaudida pelos profissionais de inteligência".

Anteriormente, a organização já havia celebrado sua aglutinação no Ministério da Casa Civil. "Em nome da lealdade à nossa missão institucional, não podemos esquecer o recente histórico: as quatro ocasiões em que a Abin foi dirigida por quadros estranhos à área da inteligência de Estado foram marcadas por crises ou desvios de atribuição. As demonstrações reiteradas do Poder Executivo de compromisso com o Estado de Direito e a segurança da sociedade brasileira nos trazem confiança de que os erros do passado não se repetirão", afirma. 

"A recente realocação da Abin na Casa Civil da Presidência da República revela, ainda, o desejo de elevar a Inteligência a outro
patamar no aparato do Estado. Felicitamos novamente o governo pela importante mudança", afirmou o órgão em recente nota.

A Abin possui a capacidade de inteligência e contrainteligência brasileira, identificando ameaças à segurança institucional do Brasil, e é considerado um órgão extremamente sensível para questões estratégicas. (Da Revista Fórum)

Por Jornal da República em 25/05/2023
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