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Fantasiado com um uniforme dos petroleiros, o diretor-executivo de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade da Petrobras, Rafael Chaves Santos, demonstrou o aparelhamento da estatal no discurso político em que atacou Lula e o PT e bajulou Jair Bolsonaro (PL), que compartilhou o vídeo de seu indicado sobre a “bilionária corrupção na Petrobras” em suas redes sociais.
O que Chaves não contou em seu discurso recheado de chavões – como “acabou aquela era de indicação política” – é que ele foi alçado ao posto justamente por Bolsonaro em 2019 sem nunca ter feito concurso para trabalhar na empresa estatal e que hoje ganha um salário que chega a seis digitos.
“Em 2019 nós não tivemos concurso da Petrobras e o presidente Bolsonaro tomou posse em 2019. Então, entra uma pessoa indicada pelo governo federal, pela janela, para ganhar algo em torno de R$ 150 mil por mês e vem dar um testemunho dizendo que conhece a Petrobras?”, contestou o coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar.
Em seu discurso, Chaves, que fez carreira na iniciativa privada e em fundos de investimento no setor de petróleo, reconhece que a gasolina está cara no Brasil e atribui isso à importação de petróleo e gás.
“Óbvio que está caro. Está caro porque o [Michel] Temer implementou em 2016 o PPI, Preço de Paridade de Importação, que atrelou nossos combustíveis ao preço do barril de petróleo no mercado internacional, ao dólar, mesmo o Brasil sendo autossuficiente em petróleo e tendo refinarias para vender esse combustível a preço de custo para a população”, emenda Bacelar.
Além de Chaves, outros diretores da estatal, que comumente usam terno e gravata se fantasiariam de petroleiros no evento na Gaslub, em Itaboraí (RJ), para fazer jogo de cena e adular Bolsonaro.
São eles: João Henrique Rittershaussen, diretor executido de desenvolvimento da produção; Eduardo Bacellar Leal Ferreira, presidente do Conselho de Administração da Petrobras; Cláudio Rogério Linassi Mastella, diretor executivo de comercialização e logística; Rodrigo Costa Lima e Silva, diretor executivo de refino e gás natural, e Juliano de Carvalho Dantas, diretor executivo de transformação digital e inovação.
Todos eles não usavam máscaras de proteção facial contra a Covid-19, em claro sinal de alinhamento à política negacionista de Jair Bolsonaro. (Por Plinio Teodoro da Revista Fórum)
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