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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a prorrogação do inquérito das fake news por mais 180 dias. O processo investiga ataques à Corte, às instituições e aos ministros do STF e já dura mais de cinco anos, desde sua abertura em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro. O objetivo da prorrogação é aprofundar a apuração sobre a existência, financiamento e modus operandi do chamado "Gabinete do Ódio" e seus participantes.
O Inquérito 4781 foi iniciado pelo então presidente do STF, Dias Toffoli, sem um pedido formal do Ministério Público. Moraes, que assumiu a relatoria do caso, enfatizou a necessidade de mais tempo para concluir a análise das informações obtidas por meio da quebra de sigilo fiscal e bancário, além de finalizar as diligências em andamento na Polícia Federal.
Investigação de mais 20 pessoas
Em sua decisão, Moraes também determinou a oitiva de mais 20 pessoas, que devem ser ouvidas pela Polícia Federal no curso das investigações. A decisão está em sigilo de Justiça, o que limita o acesso a detalhes sobre os depoimentos e as pessoas envolvidas.
De acordo com o documento, o objetivo da prorrogação é “a complementação da análise das informações obtidas” e o término das diligências que ainda estão em andamento. A investigação segue com foco no "Gabinete do Ódio", que teria operado a partir do Palácio do Planalto durante a presidência de Bolsonaro, com apoio de seus aliados.
Controvérsia sobre o tempo de duração do inquérito
Juristas e políticos ligados a Bolsonaro têm criticado a longa duração do inquérito, argumentando que cinco anos de investigação já são excessivos. Contudo, o STF tem defendido que o processo é fundamental para garantir a apuração dos fatos e a responsabilização dos envolvidos.
O "Gabinete do Ódio" é uma rede de aliados de Bolsonaro acusada de orquestrar ataques contra adversários políticos, ministros do STF e outras instituições democráticas. A investigação busca elucidar a estrutura e o financiamento dessa rede, bem como a identificação de todos os seus participantes.
A prorrogação do inquérito reflete a continuidade da ação do STF para combater a disseminação de fake news e proteger as instituições brasileiras de ataques cibernéticos coordenados, que se intensificaram durante o período eleitoral e além.
Com essa decisão, Moraes sinaliza o comprometimento do STF em concluir a investigação e em garantir que todos os envolvidos sejam responsabilizados por ações que ameaçaram a democracia e a integridade das instituições do país.
Fonte: urbsmagna
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