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No centro das investigações do inquérito que apura um suposto plano de golpe de Estado, o general da reserva Mário Fernandes enfrenta pressões familiares para aderir a um acordo de delação premiada. Preso em novembro no Rio de Janeiro durante a Operação Contragolpe da Polícia Federal, ele é apontado como peça-chave em um esquema que, segundo o relatório de inteligência, teria contado com o aval de Jair Bolsonaro até o último dia de seu mandato, em 31 de dezembro de 2022.
A possibilidade de delação surge em um contexto de isolamento do general, após declarações de outros investigados apontarem que ele teria agido de forma autônoma, sem ordens superiores. Inicialmente resistente, Fernandes começou a reconsiderar sua postura, pressionado pela família e pelas circunstâncias desfavoráveis.
O tema, no entanto, divide sua defesa. Advogados do general divergem sobre os impactos de um acordo, que poderia fortalecer a investigação e implicar figuras de maior destaque no caso, como o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Fernandes será transferido do Rio de Janeiro para o Comando Militar do Planalto, em Brasília, após autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. A mudança marca uma nova etapa no processo, que tem mantido o general sob forte atenção da opinião pública e das autoridades.
O relatório da Operação Contragolpe aponta para um áudio enviado a Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, no qual Fernandes menciona que o então presidente teria dado luz verde para o plano golpista até o final do mandato. A revelação adiciona peso às investigações, que já colocam Bolsonaro como potencial alvo de implicações mais graves.
Enquanto a delação segue como uma possibilidade, o futuro do general e a amplitude das acusações pendem de sua decisão. Caso opte por colaborar, a delação poderá abrir novos caminhos para a apuração de um dos capítulos mais polêmicos da recente história política brasileira.
Fonte: Brasil247
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