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Câmara Gasta Meio Milhão com Deputados no Gilmarpalooza: Um Descalabro de Recursos Públicos
Em tempos de austeridade e clamor popular por transparência, a notícia de que a Câmara dos Deputados desembolsou ao menos R$ 502 mil para custear a viagem de 24 parlamentares ao Fórum de Lisboa, popularmente conhecido como Gilmarpalooza, soa como um verdadeiro escárnio. Este evento, organizado pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), do qual é sócio o Ministro Gilmar Mendes, em parceria com a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), reuniu autoridades dos Três Poderes do Brasil na capital portuguesa entre os dias 26 e 28 de junho.
A Gastança com Dinheiro Público
Segundo dados abertos da Câmara, os 24 deputados viajaram em missão oficial autorizada, com direito a diárias e passagens pagas. O custo total das estadias foi de R$ 259 mil, enquanto as passagens aéreas somaram R$ 242,8 mil. Os bilhetes mais caros, adquiridos pelo deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), custaram R$ 28,5 mil, enquanto os mais baratos, comprados pelo deputado Júlio Arcoverde (PP-PI), saíram por R$ 4,3 mil.
A Moralidade e o Interesse Público
"Não há justiça onde não há equidade", já dizia o brocardo jurídico. Em um país onde a desigualdade social é gritante e os recursos públicos são escassos, a utilização de verbas para financiar viagens de deputados a eventos internacionais levanta questionamentos sobre a moralidade e a necessidade de tais despesas. A presença de 24 parlamentares em Lisboa, com custos elevados, contrasta com a realidade de milhões de brasileiros que enfrentam dificuldades diárias.
A Transparência e a Responsabilidade
O presidente da Câmara, Arthur Lira, também esteve presente no evento, mas viajou em avião da Força Aérea Brasileira (FAB), cujo custo não é divulgado publicamente. A falta de transparência sobre os gastos de Lira e a carona oferecida ao deputado Elmar Nascimento (União-BA), pré-candidato à sucessão na Câmara, que recebeu R$ 15,3 mil em diárias, reforçam a necessidade de maior controle e responsabilidade na gestão dos recursos públicos.
"Quem não luta pelos seus direitos não é digno deles", afirmou Rui Barbosa. É imperativo que a sociedade brasileira reflita sobre a utilização dos recursos públicos e exija dos seus representantes uma postura ética e responsável. O episódio do Gilmarpalooza deve servir como um alerta para a necessidade de mudanças estruturais que garantam a transparência e a moralidade na administração pública.
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