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via 247 – Um grupo de trabalho informal, vinculado ao Palácio do Planalto, está conduzindo uma investigação sobre a atuação do 3G Capital, empresa fundada pelos bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, com o objetivo de demonstrar uma possível "tomada de controle" da Eletrobras, segundo informa o jornalista Julio Wiziack, editor da coluna Painel S.A.,
Sob a supervisão de um importante assessor do presidente Lula, o grupo é formado por três membros e busca apresentar evidências ao Supremo Tribunal Federal (STF) de uma suposta ação coordenada por parte do 3G. Acredita-se que o 3G, por meio de seus executivos ou parceiros em empresas investidas, teria se infiltrado na Eletrobras para assumir seu controle, apesar de possuir uma participação minoritária. O 3G Capital, cujos bilionários Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles fizeram parte até janeiro do ano passado, detém apenas 1,3% das ações da Eletrobras. No entanto, segundo membros do grupo que preferem manter o anonimato, o 3G teria influenciado a formação do conselho de administração e até mesmo a seleção de diretores executivos. O governo detém cerca de 40% das ações da empresa e tem direito a voto em 10% delas nas assembleias, o que o grupo considera inconstitucional. Por esse motivo, o grupo recorreu ao STF para reverter esse modelo.
Os integrantes do grupo afirmam já ter encontrado ligações entre os atuais representantes do conselho de administração da Eletrobras e o 3G, cujos sócios também controlam a Americanas, que hoje está no centro de um escândalo contábil de grandes proporções. Um dos conselheiros ativos, Pedro Batista, fundador da Vinci Partners, é sócio tanto do 3G Radar (gestora) quanto do 3G Capital.
Além disso, o grupo palaciano está investigando a relação dos diretores da Vibra (ex-BR) com o 3G. O atual presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, foi presidente da distribuidora de combustíveis. De acordo com a reportagem de Julio Wiziack, a Eletrobras optou por não comentar o assunto. A assessoria de Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles afirmou que os investidores não têm qualquer envolvimento com a Eletrobras e que eles deixaram a 3G Capital antes da privatização, ocorrida em junho de 2022.
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