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Banho-maria
O Centrão, leia-se deputado Arthur Lira (PP-AL), tem urgência para comandar pastas ministeriais no governo Lula e tem lançado mão de estratégias para mandar recado ao Planalto. Lula e aliados também têm adotado mecanismos para adiar possíveis novas mudanças em sua equipe. É aquela máxima: "em time que tá ganhando não se mexe".
Em demasia
A leitura de que a Câmara dos Deputados está extrapolando limites na busca por poder e protagonismo foi externada, verbalmente, por um aliado direto do presidente Lula: o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em entrevista, ele afirmou que a "Câmara está com um poder muito grande e ela não pode usar esse poder para humilhar o Senado e o Executivo. (...) um poder que eu nunca vi na minha vida".
Impacto
Haddad com certeza, sabia, naquele momento, a força de sua declaração. Tanto que, conforme apurado pela Coluna foi suficiente para a reunião prevista para a noite desta segunda, 14, entre o ministro, Lira e os líderes da Câmara, fosse adiada. Na pauta estava o acordo para votar o projeto de lei que cria o novo arcabouço fiscal esta semana na casa legislativa.
Gato e rato
Como presidente da Câmara e líder do Centrão, Arthur Lira colocou todo o seu conhecimento tático político pra jogo e, mesmo que não admita ou negue, está disposto a ir para o tudo ou nada. Uma moeda ele já tem nas mãos. Resta saber se o chefe da Nação vai ceder ou esticar mais a corda.
Agenda internacional
O presidente Lula já está no Paraguai onde participa, amanhã, da posse do novo presidente daquele país, Santiago Peña, e também deverá se encontrar com o ex-presidente Fernando Lugo, que teve o mandato cassado em 2012. Ainda este mês, Lula viaja para Angola, onde tem agenda oficial no país africano nos dias 25 e 26.
Se correr o bicho pega ...
As últimas semanas têm se desenhado nada auspiciosas para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que vê seu entorno extremamente ameaçado com as revelações que têm vindo à tona nas diversas investigações em que é alvo. Adversários já estão convictos de que não vai tardar para sua prisão.
... se ficar o bicho come
Cartão de vacina adulterado, omissão no enfrentamento à pandemia da Covid, ataques à efetividade das urnas eletrônicas, incitação a uma tentativa de golpe, joias recebidas de presente do exterior não declaradas e, pasmem, o suposto enriquecimento ilícito por meio da venda ilegal destas mesmas joias no exterior. Com aliados diretos presos, a defesa de Bolsonaro já procura argumentos para defender o cliente. Já a oposição na Câmara se mobiliza para instalar mais uma CPI, a das Joias. Faltam somente 59 assinaturas para endossar a comissão.
Penalidade
O ministro da Justiça, Flávio Dino, assinou hoje a demissão de três policiais rodoviários federais envolvidos diretamente na morte de Genivaldo Santos, em Sergipe, ano passado. Um fato bárbaro que chocou o país pela morte assistida ao vivo, a cores e, praticamente em tempo real de Genivaldo, que foi colocado à força no camburão de uma viatura policial e asfixiado com bombas e sprays lançados no interior do veículo.
Cassado
O Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) julgou procedente o processo judicial que pedia a perda do mandato do governador Antônio Denarium (PP-RR) por crime eleitoral ao lançar programa de distribuição de cestas básicas à população mais carente do Estado em ano eleitoral, quando disputava a reeleição. Cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o governador já afirmou que vai recorrer.
Frustrado
Também lá do Norte do país, o decano da Câmara dos Deputados, Átila Lins (PSD-AM), procurou a *Coluna* para manifestar sua insatisfação com a ausência das obras de pavimentação e reconstrução da BR-319, que liga Manaus a Rondônia, no megapacote trilionário do PAC lançado pelo presidente Lula e ministros na última sexta-feira, 11. Para ele, isso é "perseguição" da ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, em ser contrária ao licenciamento ambiental dos 400 quilômetros que precisam ser reconstruídos. "Continuaremos isolados do resto do país", criticou.
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