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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (17) que o dólar cotado acima de R$ 5,70 é caro, considerando os fundamentos econômicos do Brasil. A declaração foi feita em entrevista à CNN Brasil, onde o ministro analisou o cenário cambial e as reformas em andamento no país.
Haddad explicou que, embora o valor do dólar esteja acima desse patamar, ele não sabe exatamente onde a moeda irá "estacionar", já que a cotação depende de diversas variáveis. “Eu não compraria dólar acima de R$ 5,70, porque é caro para as condições de fundamento da economia brasileira”, afirmou, enfatizando que o câmbio está sujeito a fatores que não podem ser controlados diretamente pelo governo.
O ministro também foi questionado sobre a possibilidade de o dólar permanecer abaixo de R$ 6, mas manteve a cautela. “Ontem o dólar deu uma lambida abaixo de R$ 6, mas o câmbio não é fixo e depende de variáveis ??que não controlamos”, afirmou, destacando que o cenário econômico global tem grande influência na oscilação da moeda brasileira.
Outro ponto importante da entrevista foi a reforma tributária do consumo, sancionada recentemente pelo governo. Haddad comparou a importância da reforma com o impacto que o Plano Real teve sobre a economia brasileira. “Estamos iniciando um novo capítulo para o sistema tributário brasileiro, algo que será fundamental para o crescimento sustentável do país”, ressaltou. O regulamento da nova legislação já foi sancionado e está em andamento.
Em relação à política econômica, Haddad destacou o esforço do governo para buscar um equilíbrio fiscal, ao mesmo tempo que moderniza o sistema tributário. O ministro reafirmou, no entanto, que a volatilidade cambial é um factor externo que foge ao controlo das políticas económicas internacionais.
Sobre a reforma tributária, que é um dos pilares do governo, Haddad ressaltou que o objetivo é simplificar o sistema de impostos, que é considerado um dos mais complexos do mundo. A expectativa é que o novo modelo traga mais eficiência e ajude a aumentar a competitividade do Brasil no mercado global.
Ao longo da entrevista, Haddad reafirmou o compromisso do governo em garantir a confiança dos investidores, destacando que a estabilidade econômica do país depende, em grande parte, de fatores externos, além das reformas estruturais em andamento.
Essa entrevista, que foi uma importante participação para entender as orientações da política econômica brasileira, reforça o foco do governo em políticas de longo prazo que buscam superar os obstáculos atuais e fomentar o crescimento sustentável do país.
Fonte: Brasil247
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