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(Reuters) – O Ibovespa fechou em forte alta nesta quinta-feira, renovando máximas desde meados de dezembro, acima dos 127 mil pontos no melhor momento, com agentes especulando sobre a chance de o Banco Central encerrar o ciclo de altas na Selic mais cedo.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa avançou 2,82%, a 126.912,78 pontos, maior ganho percentual em um dia desde maio de 2023, após marcar 127.168,83 pontos na máxima e 123.431,63 pontos na mínima do dia.
O volume financeiro somou 25,5 bilhões de reais.
Com tal desempenho, o Ibovespa agora acumula uma valorização de 5,51% em janeiro, que deve encerrar uma sequência de quatro perdas mensais. Desde a mínima intradia deste ano, apurada em 14 de janeiro, de 118.222,64 pontos, a alta alcança 7,35%.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC confirmou na véspera as expectativas com aumento da Selic para 13,25% e sinalização de mais uma alta de 1 ponto percentual na próxima reunião, em março, mas deixou em aberto os próximos movimentos.
No comunicado sobre a decisão, economistas enxergaram ênfase do BC aos riscos de desaceleração da atividade econômica doméstica, com alguns não descartando que Copom possa encerrar o ciclo de aperto monetário mais cedo do que algumas previsões.
Dados do mercado de trabalho formal no Brasil mais fracos do que as previsões em dezembro reforçaram tal entendimento, que serviu como gatilho para compras na bolsa paulista, com papéis sensíveis a juros entre as maiores altas do Ibovespa.
Na última pesquisa Focus, divulgada na segunda-feira, a mediana das previsões apontava a Selic a 15% no final do ciclo de alta, mas alguns há economistas com uma previsão de taxa terminal mais elevada, como os do Itaú, em 15,75%.
O penúltimo pregão do mês também mostrou que o governo central registrou um superávit primário de 24,026 bilhões de reais em dezembro, acumulando um saldo negativo de 43,004 bilhões em 2024, ou 0,36% do PIB, segundo o Tesouro Nacional.
Os números não incluem despesas extraordinárias que não serão contabilizadas na apuração da meta fiscal, como os gastos para mitigar efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul. Excluindo essas despesas, o déficit do ano cai a 11,032 bilhões.
A meta fiscal de 2024 é déficit primário zero, com tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB. A contabilização para fins de avaliação do cumprimento do alvo é feita pelo BC e o resultado será conhecido na sexta-feira.
Nem o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que irá impor uma tarifa de 25% sobre as importações do México e do Canadá minou o fôlego no pregão brasileiro.
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