Incêndio atinge galpão da Cinemateca Brasileira na Vila Leopoldina, Zona Oeste de SP

Corpo de Bombeiros recebeu chamado para fogo em edificação comercial por volta das 18h. Local já foi por enchentes em 2020.

Incêndio atinge galpão da Cinemateca Brasileira na Vila Leopoldina, Zona Oeste de SP

Um incêndio atingiu um galpão da Cinemateca Brasileira na Vila Leopoldina, Zona Oeste de São Paulo, nesta quinta-feira (29).

O Corpo de Bombeiros informou que recebeu um chamado para fogo em edificação comercial por volta das 18h na Rua Othão, 290. No endereço há um galpão de cerca de 6.356 m² de área construída onde parte do acervo da Cinemateca Brasileira é guardado. O edifício principal da Cinemateca Brasileira, na Vila Mariana, não foi atingido.
De acordo com informações preliminares, não há vítimas no local.

Onze viaturas foram enviadas para combater o fogo. Segundo o major Palumbo, porta-voz do Corpo de Bombeiros, no galpão há materiais altamente inflamáveis.
"Nós temos o registro de ser um local onde temos diversos materiais combustíveis diferentes. Arquivos de filmes, que têm acetato altamente inflamável, e todos os materiais que compõem a edificação", disse Major Palumbo.


No ano passado, um temporal alagou o galpão e parte do acervo foi comprometido. A instituição não revelou quais itens foram danificados.
Em 2016, a sede da Cinemateca na Vila Mariana foi atingida por um incêndio que destruiu cerca de 500 obras foram destruídas pelo fogo.

Abandono da Cinemateca
Em julho de 2020, o Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP) entrou com uma ação na Justiça contra a União por abandono da Cinemateca Brasileira. A promotoria questionava a falta de contrato para gestão da instituição.
O contrato para administração da Cinemateca firmado entre o governo federal e a Organização Social (OS) Associação Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp) terminou no dia 31 de dezembro de 2019 e, desde então, não houve nova licitação.
Na ação judicial, a promotoria destacou problemas como risco de incêndio, falta de vigilância, atrasos nas contas de água e luz, e atraso no pagamento de salários.
No entanto, em maio deste ano, o MPF suspendeu a ação contra a União depois que o governo federal se comprometeu a mostrar as ações implementadas pela preservação do patrimônio no prazo de até 45 dias. (Do G1)

Por Jornal da República em 29/07/2021
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