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Uma recente investigação conduzida pela Polícia Federal está relacionando as joias avaliadas em mais de R$ 4 milhões recebidas pelo presidente Jair Bolsonaro durante uma viagem oficial à Arábia Saudita com a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), ocorrida em novembro de 2021.
A transação da RLAM, localizada em São Francisco do Conde, Bahia, foi realizada pela Petrobrás aproximadamente dois anos atrás, sendo adquirida pelo grupo de investimentos Mubadala Capital, com sede nos Emirados Árabes. Coincidentemente, a família real que controla o grupo presenteou Bolsonaro com joias dias antes da conclusão do negócio.
O relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) divulgado recentemente levanta questionamentos sobre a avaliação do valor de mercado da refinaria no momento da venda. A análise realizada durante um período de turbulência econômica causada pela pandemia pode ter influenciado negativamente o valor da RLAM, segundo o documento da CGU.
O relatório também menciona o "Projeto Phil", que tinha como objetivo alienar oito refinarias da Petrobrás para focar os investimentos na exploração do pré-sal. Apesar da avaliação desfavorável do mercado, a venda da RLAM não foi adiada, o que gerou questionamentos sobre a adequação do processo de venda.
Além disso, em outubro de 2021, durante a viagem à Arábia Saudita, Bolsonaro recebeu um kit de joias femininas avaliadas em mais de R$ 4 milhões, destinado à então primeira-dama, Michelle Bolsonaro. O kit foi apreendido no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na bagagem de um membro da equipe do Ministério de Minas e Energia, que tentou entrar no Brasil sem declarar o valor para a Receita Federal.
A Polícia Federal está investigando o caso das joias desde o ano passado, e agora, com a inclusão do relatório da CGU nas apurações, busca-se esclarecer se há alguma relação entre as joias recebidas pelo presidente e a venda da RLAM, destacando possíveis impactos negativos no resultado financeiro da transação.
Fonte: Brasil 247
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