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O governo nacionalista religioso de Israel aprovou, nesta segunda-feira (26), a construção de cerca de 5,7 mil unidades habitacionais adicionais para colonos judeus na Cisjordânia ocupada, apesar da pressão dos Estados Unidos para interromper a expansão de assentamentos que Washington vê como um obstáculo à paz com os palestinos.
Os planos para a construção de unidades habitacionais em várias áreas da Cisjordânia foram aprovados pelo Conselho Supremo de Planejamento de Israel. Aprovações definitivas foram concedidas a 818 unidades, enquanto as demais estavam em outros estágios de aprovação. A liderança dos colonos judeus elogiou a decisão.
"Agradeço ao governo israelense pelo desenvolvimento contínuo dos assentamentos israelenses", disse o chefe do Conselho Regional de Gush Etzion na Cisjordânia e presidente do Conselho Yesha, Shlomo Ne'man. "Especialmente nestes dias difíceis, esta é a resposta sionista mais apropriada para todos aqueles que procuram nos destruir."
Conflito
A maioria dos países considera ilegais os assentamentos construídos em terras capturadas por Israel na guerra de 1967, no Oriente Médio. Sua presença é uma das questões fundamentais no conflito entre israelenses e palestinos.
Os palestinos buscam estabelecer um Estado independente na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, com Jerusalém Oriental como sua capital. Colonos israelenses citam conexões históricas judaicas com a terra. As negociações de paz mediadas pelos Estados Unidos estão suspensas desde 2014.
Desde que assumiu o cargo em janeiro, a coalizão do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aprovou a promoção de mais de 7 mil novas unidades habitacionais, a maioria localizada na Cisjordânia.
"O governo israelense está nos pressionando em um ritmo sem precedentes em direção à anexação total da Cisjordânia", disse o órgão observador de assentamentos Peace Now em um comunicado.
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