ISRAEL - HAMAS: Lula condena a decapitação de bebês, e não critica ao violento ataque terrorista do Hamas

POR ROBERTO MONTEIRO PINHO

ISRAEL - HAMAS: Lula condena a decapitação de bebês, e não critica ao violento ataque terrorista do Hamas

A Câmara dos Deputados aprovou, na terça-feira (10/10), moções de repúdio aos ataques e à violência do Hamas, grupo terrorista palestino, contra Israel. Foram 312 votos favoráveis e nenhum contrário aos 16 requerimentos analisados. Moções a parte, o presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, poupou criticas ao ataque terrorista do HAMAS.

Or Shaul Keren, chefe da Diplomacia Pública e porta-voz da embaixada de Israel no Brasil, cobrou uma posição mais firme do Brasil sobre o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas. O Diplomata também comentou a posição do governo brasileiro sobre os ataques. Ele criticou o fato do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não citar nominalmente o Hamas em suas declarações e nem classificá-lo como terrorista (...)

Keren comentou a tendência de estratégia diplomática que o presidente Lula deve empregar, semelhante aos esforços diplomáticos na guerra da Rússia contra Ucrânia, quando o petista adotou um discurso de pacificação e cessar-fogo. Segundo o diplomata, "é hora de conflito armado, não de conversa".

Aliados fazem críticas/Diplomatas passam vergonha no exterior

A ausência de uma condenação direta do governo brasileiro ao hamas, pelos ataques terroristas a Israel, Hamas, está gerando desconforto entre aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Há que se ressaltar,segundo fontes,  "que segmentos não radicais do PT não se alinhanham a posição de Lula". Segundo interlocutores do presidente da República, a defesa de um Estado Palestino e do seu povo é justa e correta, mas não justifica evitar citar diretamente o Hamas com autor dos ataques bárbaros contra civis israelenses e de outras nacionalidades.

Diplomatas brasileiros estão passando vergonha, no exterior, chamados a explicar eventual “ligação” do presidente Lula (PT) ao grupo terrorista Hamas. Em declaração que, além de relativizar o ataque terrorista, nem sequer cita o Hamas como autor das atrocidades, Lula colocou o Brasil novamente no lado errado do conflito, a exemplo do que já havia ocorrido em relação à invasão e ataque da Rússia na Ucrânia. As relações entre Lula e o Hamas surpreenderam aqueles que conhecem pouco o petista.

O conflito entre Israel e o grupo extremista armado Hamas criou um clima de polarização política no Brasil. Parlamentares da oposição têm criticado o governo brasileiro por não adotar uma postura mais dura em relação aos ataques. Soma-se a isso o fato de o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não citar nominalmente o Hamas em suas declarações e nem o classificar como terrorista. A partir de manifestações na imprensa, Lula, diagnostica-se que o petista mantém relações estreitas com os terroristas.

Nuvens espessas em Gaza/Resgate de brasileiros

Existe forte tensão entre as nações que compõe a ONU, que analisam o fato do governo brasileiro só considerar um grupo como terrorista, a partir de decisão da Organização das Nações Unidas (ONU). O que já ocorreu em relação aos grupos islâmicos, Boko Haram, Al-Qaeda e Estado Islâmico. No entanto, a ONU não tem oficialmente esse mesmo entendimento em relação ao Hamas e ao grupo paramilitar Hezbollah, que atua no Líbano. Embora outras nações têm discordando desse posicionamento, é o caso dos Estados Unidos, Reino Unido, França e alguns países europeus e aliados, como Japão, Austrália, Alemanha, que classificam o Hamas de grupo terrorista.

Neste momento tramita Projeto na Câmara que criminaliza apoio a grupos terroristas como o Hamas, com pena de até 5 anos de prisão. O autor, Abilio Brunini (PL-MT), diz que a ideia é marcar a repulsa do Brasil ao terror, no plano internacional. Se aprovado, certamente respingará, e deixará o presidente Lula em situação delicada.

O primeiro avião de resgate trazendo brasileiros de Israel já pousou em Brasília por volta das 4h10 nesta quarta-feira (11). A aeronave KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB), com 211 passageiros, decolou de Tel Aviv às 14h12 (horário de Brasília) para um voo direto de cerca de 14 horas. Dos resgatados, 107 passageiros desembarcaram em Brasília e 104 seguiram para o Rio de Janeiro, em outros dois aviões da FAB. Estão previstos mais quatro voos até domingo (15/10), na operação “Voltando em Paz”, que é coordenada pelos ministérios da Defesa e das Relações Exteriores. A estimativa é retirar 900 brasileiros de Israel e da Palestina.

ROBERTO MONTEIRO PINHO - Jornalista, escritor, ambientalista, influenciar, CEO em Jornalismo Investigativo, presidente da Associação Nacional e Internacional de Imprensa - ANI. Associação Emancipacionista da Região da Barra da Tijuca AP4.2. Membro da Federação das Academias de Letras do Brasil. Técnica em Mediação e Arbitragem. Escreve para Portais, sites, titular de blog de notícias nacionais e internacionais. Autor da obra: Justiça Trabalhista do Brasil (Edit, Topbooks), e dos livros: “Os inimigos do Poder”, e “Manual da Emancipação”.

"Esta publicação opinativa encontra-se em conformidade com a LGPD, lei nº 13.709, 14 de agosto de 2018."

Por Jornal da República em 11/10/2023
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