Itaboraí pode vir a ser a Capital Nacional do Gás Natural

Itaboraí pode vir a ser a Capital Nacional do Gás Natural

Todos aqueles que imaginaram um futuro promissor na pacata Itaboraí em decorrência do COMPERJ têm hoje um sentimento comum: a frustração.

A construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro foi anunciada em 2006, período em que a Petrobrás projetou grandes empreendimentos. Inicialmente, a ideia era transformar o petróleo em resinas plásticas e outros produtos petroquímicos. O investimento a época era de R$ 6,5 Bi, a esperança era de significativo progresso na região leste fluminense.

A promessa era que o COMPERJ partisse em 2012 e tivesse a capacidade de processamento de 150 mil barris/dia. Um anúncio ousado que animou toda a região atraindo investidores e milhares de trabalhadores.

Em 2010, no entanto, nada havia sido construído em uma área equivalente a 6000 mil campos de futebol, a maior terraplanagem feita no Brasil. Nesta época, os gastos já ultrapassavam vultuosos R$ 13 Bi. Não vou me ater aos motivos desta derrocada, afinal de contas, por força dos 21 MM/m3 de gás natural que serão processados a partir do início de 2022, os Itaboraienses, e porque não os demais conlestianos, poderão sonhar novamente com dias melhores!

Ainda em 2019, idealizei a I Ita Gas&Oil, evento realizado em dois dias, o qual projetou o Município para que obtivesse reconhecimento compatível com o montante de gás natural a ser processado no Novo Pólo Gaslub da Petrobrás, nova identidade do frustrado COMPERJ, sediado em seu território.

Na ocasião recebemos várias autoridades, entre Secretários de Estado, Deputados Federais e Estaduais ligados ao segmento energético, os Prefeitos que compões o Conleste e até o Cônsul Chinês para debatermos o futuro sustentável da região, considerando a versatilidade e a baixa matriz de carbono do gás natural.

Na área de negócios do evento, o SEBRAE, através das rodadas de negócio que organizou, contabilizou mais de R$ 12 MM em possíveis negócios envolvendo prestadores de serviços e fornecedores de produtos da cadeia produtiva do setor de energia ancorados na região leste fluminense, foi um sucesso!      

E ontem demos mais um importante passo adiante, em audiência pública que tratou das oportunidades e desafios inerentes à indústria do gás em Itaboraí e na região leste fluminense, quando entreguei ao Vereador Ramon Vieira, que também preside a comissão de desenvolvimento econômico da Câmara Municipal e a Sub-Secretária de Desenvolvimento Econômico do Município Cristiana Tenório, o Programa Progás, concebido pelo Conleste, o qual visa contribuir para a estruturação do Município no promissor cenário que se avizinha.

O Programa Progás propõe medidas para a criação de melhores condições para a ativação da cadeia produtiva ligada ao gás natural com objetivos específicos de desenvolver a região sob o ponto de vista tecnológico, diversificar a geração de empregos, qualificar a mão de obra local estimular a indústria de bens e serviços na região leste fluminense.

Ante o exposto, considerando ainda uma área ociosa de mais de 11 Km2 , a qual compreende o terreno afeto ao Novo Pólo Gaslub, que corresponde a 1.025 campo de futebol, terraplanada e licenciada, atrelada a tecnicidade e poder executivo do articulado, transparente e reconhecido Conleste, temos as condições ideais, lastreadas pela segurança jurídica necessária,  decorrente deste contexto, para atração de novos atores e empreendimentos que contribuirão para reescrever uma nova história na região leste fluminense!

Tenho dito, JUNTOS EM PROL DO COLETIVO!  

Por Jornal da República em 10/05/2021
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