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Em entrevista ao Jornal da República e Última Hora, o candidato a vereador pelo Rio de Janeiro, João Diniz, revelou estar sob ameaça de morte devido às suas constantes declarações sobre segurança pública e combate à criminalidade na Barra da Tijuca. Diniz, que se destaca como militante na área, explicou que essas ameaças vêm se intensificando após suas firmes declarações e projetos voltados ao enfrentamento da violência na cidade.
"Tenho falado o que poucos políticos têm coragem de falar. A maioria dos gestores públicos evita se posicionar firmemente sobre a criminalidade, os ataques às famílias e à ordem pública. Isso incomoda muita gente, mas não estamos aqui para agradar, estamos aqui para resolver", afirmou Diniz, reforçando que sua postura em defesa da segurança pública não será abalada.
João Diniz revelou que já tomou providências legais, registrando um boletim de ocorrência na 16ª Delegacia de Polícia e na Polícia Federal, além de notificar o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), uma vez que as ameaças afetam sua integridade como candidato a vereador. Diniz destacou que, no Rio de Janeiro, já há precedentes graves de violência contra políticos, inclusive o assassinato de uma vereadora em mandato, o que reforça o perigo real a que está exposto.
Luta por segurança pública e a necessidade de ação conjunta
O candidato afirmou que, apesar das ameaças, está ainda mais motivado a continuar sua luta pela segurança pública. Diniz criticou a omissão da gestão pública municipal nesse tema, destacando que é necessário que todas as esferas – municipal, estadual e federal – se unam, incluindo o Judiciário, para combater o que ele classificou como "o pior momento da criminalidade no Rio de Janeiro".
"A Barra da Tijuca, como muitas outras áreas da cidade, sofre com o aumento da violência. É essencial que o município participe ativamente dessa pauta de segurança pública, algo que, infelizmente, nunca foi uma prioridade para os vereadores", disse Diniz. Ele ressaltou a importância de integrar tecnologia, como câmeras de monitoramento com inteligência artificial, ao batalhão da Polícia Militar, além de promover a reestruturação da Guarda Municipal, sugerindo até a possibilidade de armá-la em um futuro próximo.
A responsabilidade do voto
Com as eleições se aproximando, João Diniz fez um apelo aos eleitores, reforçando que o ato de votar deve ser encarado como uma contratação: "A população precisa entender que não está apenas votando, está contratando alguém para um cargo público. O vereador é um colaborador, pago pela sociedade, que deve entender as principais demandas e trabalhar para solucioná-las. O salário de um vereador é R$ 18.000, com uma grande estrutura de gabinete, então ele tem que estar preparado para o cargo."
Diniz finalizou incentivando os eleitores a procurarem candidatos preparados, que compreendam as reais necessidades da população e estejam comprometidos com a melhoria da cidade, especialmente na questão da segurança pública.
Cenário de violência contra políticos no Rio de Janeiro
O contexto de ameaças e violência contra políticos no Rio de Janeiro não é novo. Em 2024, já foram registrados vários casos de assassinatos e agressões a candidatos e ocupantes de cargos públicos. O vereador de São Gonçalo, Aldecyr Maldonado, foi morto a tiros em setembro, enquanto o ex-vereador Zico Bacana foi assassinado em Guadalupe, na Zona Norte do Rio, em agosto.
João Diniz encerrou a entrevista reforçando que, apesar do clima de violência e das ameaças que tem enfrentado, sua campanha continuará firme e focada nas necessidades da população. "Estamos aqui para resolver, e não vamos recuar diante das ameaças. A segurança pública precisa de ação, coragem e soluções concretas."
Por Jéssica Porto e Robson Talber/ Repórter Oscar Müller
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