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A sociedade vive muitos conflitos para implantar ações que diminuam as desigualdades e em especial facilitar a implantação de tecnologias e inovação nas políticas públicas.
Que alternativas seriam possíveis para agilizar os serviços estratégicos das populações facilitando a modernização dos serviços públicos e seus acessos?
Perguntando e debatendo o tema com Marisa Salgado owner da MS Consulting, consultoria de desenvolvimento consultivo, obtive a seguinte resposta:
“Historicamente, o acesso a capital de risco no Brasil passou por várias fases e desafios ao longo do tempo. O ecossistema de startups começou a se desenvolver na década de 1990, mas ganhou força nos anos 2000. Empresas de tecnologia, principalmente no setor de internet, começaram a receber investimentos nesse período.
Inicialmente, a maior parte dos investimentos estava concentrada em São Paulo e, em menor escala, no Rio de Janeiro. Isso criou uma disparidade regional no acesso a investimentos, com empreendedores de outras regiões enfrentando mais dificuldades para captar recursos.
Tradicionalmente, empreendedores com histórico de sucesso, que frequentemente tinham experiência em grandes empresas ou educação em instituições renomadas, tinham mais facilidade para acessar capital de risco. Isso acabou excluindo muitos empreendedores de origens mais diversas, como a periferia e grupos sub-representados.
A oferta de capital de risco no Brasil historicamente foi limitada, o que dificultou o acesso a recursos para muitas startups. Isso aconteceu devido a fatores como a falta de investidores especializados, risco elevado, burocracia e incerteza econômica.
Nos últimos anos, houve um aumento no número de programas de incentivo ao empreendedorismo e à inovação, tanto do governo como do setor privado. Isso inclui aceleradoras, incubadoras e fundos de investimento dedicados a apoiar startups.
No caso das empresas, muitas delas, ao invés de criar seus próprios Labs de Inovação, optam por incubar startups que possam ajudar a resolver as suas “dores.
Quando decidem incubar startups fundadas por grupos sub-representados, desencadeiam uma poderosa onda de inovação e impacto. Essa diversidade de perspectivas não apenas resolve suas dores, mas também beneficia a sociedade como um todo.
Essas startups únicas trazem abordagens singulares para problemas, infundindo o mercado com novas e revolucionárias ideias. Priorizar e apoiar esses empreendedores demonstra o comprometimento da empresa com a diversidade e a inclusão, elevando sua imagem e reputação.
É uma jornada emocionante em direção a um futuro mais inclusivo, onde a inovação floresce em todas as cores e origens, e o mundo inteiro se beneficia desse extraordinário mosaico de talento e visão.
Há uma crescente conscientização sobre a importância de promover a diversidade e a inclusão em todo o ecossistema.
Além dos investimentos tradicionais, algumas organizações e fundos têm se dedicado a investir em empreendimentos sociais e de impacto, que buscam resolver problemas sociais e ambientais, incluindo aqueles em comunidades desfavorecidas.
Apesar dos avanços, no entanto, ainda existem desafios significativos, como a necessidade de mais capital de risco disponível, a redução da burocracia, o fortalecimento do ecossistema em regiões fora dos principais centros urbanos e o combate à desigualdade no acesso ao capital.
Mas, sem dúvida, vencidas as barreiras acimas, uma iniciativa que pode ajudar a acelerar esse caminho, é o “investimento intencional”.
Muitos empreendedores pertencentes a grupos sub-representados têm ideias e inovações valiosas, mas enfrentam dificuldades para acessar o capital necessário para desenvolver seus projetos.
Ao direcionar, intencionalmente, recursos financeiros para esses grupos, os fundos de venture capital podem desbloquear oportunidades não exploradas, permitindo que empreendedores talentosos tragam suas ideias ao mercado.
Em resumo, o histórico do Brasil em relação ao acesso a capital de risco mostrou uma evolução ao longo do tempo, mas desafios persistentes ainda existem. A falta de acesso a capital por empreendedores diversos, incluindo aqueles da periferia, muitas vezes está relacionada à concentração geográfica, falta de experiência prévia e preconceitos. No entanto, existem caminhos para derrubar as barreiras que historicamente limitaram o acesso a oportunidades de financiamento e crescimento para tantos empreendedores talentosos”
Seguindo as pesquisas sobre os significados e características da empresa temos a definição do IPEA:
“Joint venture é a parceria entre duas ou mais empresas, que podem ou não ser do mesmo ramo, sem que haja fusão entre elas.
De acordo com artigo do Expert da XP:
“Traduzindo do inglês para o inglês português, o significado de Joint Venture é “Aventura em Conjunto”.
Partindo desse ponto e já levando o conceito para o universo da gestão empresarial, é possível concluir que Joint Venture consiste em uma união de empresas, sendo capaz de proporcionar a criação de uma outra empresa.
Essa união, que pode ser realizada entre duas ou até mais empresas, tem como intuito trazer uma série de vantagens para todos os envolvidos, pois com isso, há possibilidade de uma ajudar a outra em vários aspectos.
Na prática, a criação de uma Joint Venture é utilizada para atingir diferentes objetivos e diferentes áreas”
Trecho retirado do link: https://conteudos.xpi.com.br/aprenda-a-investir/relatorios/joint-venture/
O tema é extremamente convidativo quando se pensa em Cultura, Economia Criativa , diversidade e inclusão.
Nosso desafio é facilitar a modulação de acordos e parcerias entre políticas públicas e privadas.
Os investimentos podem ser feitos por pessoas físicas e jurídicas, o que fomentaria inúmeros projetos voltados para questões prioritárias como Educação, empregabilidade, clima, tecnologia …
Oportunidade para pequenos e grandes investidores com propósitos de diminuir as desigualdades e combater a violência que traz em si as consequências das desigualdades.
A capacidade de investir não se limita a pessoas físicas ou jurídicas, e esse amplo leque de oportunidades pode ser o motor propulsor para inúmeros projetos destinados a abordar questões prioritárias como educação, empregabilidade, clima e tecnologia. Essa oportunidade está acessível para pequenos e grandes investidores, todos com a nobre missão de reduzir as desigualdades e combater a violência, que, por sua vez, está intrinsecamente ligada às disparidades sociais.
À medida que nos aventuramos nesse território, é crucial lembrar que essas experiências podem e devem ser embasadas em métricas sólidas e riscos calculados. Ao fazê-lo, estamos trilhando um caminho rumo a um futuro mais justo, equitativo e pacífico.
Portanto, vamos juntos aproveitar essa oportunidade para sermos agentes de mudança positiva em nossa sociedade, investindo em projetos que não apenas buscam retornos financeiros, mas também promovem o bem-estar de todos. Estamos prontos para essa jornada?
Por Silvia Blumberg
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