Jornalista do UOL Raul Juste Lores faz ligação da nomeação de filho de Quaquá na pasta de Habitação no Rio e defesa de Brazão por Quaquá, trazendo a tona que o motivo da execução da vereadora foram divergências sobre as políticas habitacionais

Marielle Franco e o Escândalo da Habitação no Rio

O Jornalísta do UOL Raul Juste Lores destacou que o prefeito de Maricá Washington Quaquá causou polêmica ao defender os irmãos Brazão acusados de envolvimento no assassinato de Marielle Franco e logo depois lutar para nomear seu filho Diego Zeidan de 26 anos como secretário de Habitação do Rio de Janeiro, sendo que segundo a PGR o motivo da execução da vereadora foram divergências sobre as políticas urbanísticas e habitacionais em area de interesse dos irmãos Brazão.

"Foram nas divergências sobre as políticas urbanísticas e habitacionais que os irmãos Brazão perceberam a necessidade de executar a vereadora[...] Marielle se tornou a principal opositora e o mais ativo símbolo da resistência aos interesses econômicos dos irmãos. Matá-la significava eliminar de vez o obstáculo e, ao mesmo tempo, dissuadir outros políticos do grupo de oposição a imitar-lhe a postura", diz o libelo acusatório da PGR.

Os Fatos Principais elencados pelo Colunista do Uol

Diego Zeidan não possui formação na área de habitação (não entende nada de engenharia) e é o sétimo secretário em pouco mais de 4 anos na pasta. Os critérios para sua nomeação são questionáveis considerando a complexidade do cargo em uma cidade com mais de 1 milhão de pessoas morando em favelas.

Contexto Político

Quaquá vice presidente nacional do PT apoiou a reeleição de Eduardo Paes e tem histórico de indicações familiares para cargos públicos. Sua defesa dos irmãos Brazão adiciona mais um capítulo controverso à sua trajetória política

Repercussão

A nomeação gerou críticas de colunistas como Raul Juste Lores que destacou que filho de Quaquá é sem qualquer experiência técnica ou formação específica e sua nomeação representa mais um capítulo do nepotismo político brasileiro e um aparente desrespeito às questões habitacionais da cidade do Rio.

Conexões Políticas

A pasta de habitação torna-se assim território de manobras políticas e interesses pessoais e Quaquá vice presidente nacional do PT mantém histórico de defesa de figuras polêmicas como os irmãos Brazão acusados no assassinato de Marielle Franco.

Números Reveladores

  • 7 secretários em 4 anos
  • Mais de 1 milhão de pessoas em favelas
  • Orçamento milionário da secretaria
  • Nenhuma qualificação técnica do nomeado
  • Impactos Potenciais

A nomeação segundo Jornalísta do UOL Raul Juste Lores compromete:

  • Gestão pública
  • Ausência de meritocracia
  • Políticas habitacionais
  • Transparência administrativa
  • Credibilidade do partido
  • Vozes Críticas
  • Desrespeito às demandas sociais
  • Perpetuação de práticas clientelistas

Nota crítica do Jornalísta do UOL Raul Juste Lores: A democracia não pode ser refém de interesses pessoais

  • Próximos Passos
  • Pressão popular
  • Investigações sobre nomeação
  • Exigência de transparência
  • Qualificação técnica dos gestores

Raul Juste Lores critica também a defesa de Quaquá em relação aos irmãos Brazão, acusados de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco. O colunista aponta que Quaquá, além de ser vice-presidente nacional do PT, tem uma relação próxima com os irmãos, o que levanta questões éticas sobre sua capacidade de liderar mudanças significativas na habitação, dado que Marielle lutava contra a corrupção e a influência do crime organizado nesse setor.

Em contrapartida, em entrevista ao Luis Nassif, Quaquá em suas declarações, sugere que os irmãos Brazão são alvos de um "bode expiatório" e critica a visão simplista que a esquerda, e a opinião pública em geral, têm sobre o caso. Ele defende que, apesar do envolvimento com o crime organizado, as acusações contra os irmãos devem ser examinadas criticamente, dado o contexto político mais amplo.

Essa troca de farpas em narrativas diferentes destaca a complexidade da política brasileira, onde questões de nepotismo, defesa de aliados controversos e a luta pela justiça social se entrelaçam.

O colunista enfatiza a necessidade de um comprometimento ético por parte do PT e uma maior responsabilidade na escolha de líderes qualificados para enfrentar os desafios habitacionais do Rio de Janeiro. A luta pela verdade e pela justiça, simbolizada pela figura de Marielle Franco, continua a ser uma batalha crucial no panorama político do país.

Washington Quaquá arrega para Janja que defende irmã de Marielle, mas manda recado subliminar para Lula levando Eike Batista para Maricá

Recentemente, o vice-presidente do PT e prefeito de Maricá, Washington Quaquá, tem estado no centro de uma série de controvérsias que não apenas envolvem sua defesa dos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, e diante da ofensiva da mulher do presidente Lula, foi as redes, mostrar recente aproximação com o empresário Eike Batista. Essa aliança parece ter uma estratégia política por trás, visando enviar mensagens tanto para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto para a primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como "Janja".

O que aconteceu com Janja e Quaquá

Quaquá tem defendido publicamente os irmãos Brazão, acusados de mandarem assassinar a vereadora Marielle Franco. Sua insistência em formar uma comissão de juristas para analisar o caso, alegando a falta de provas contra os irmãos, não apenas evidencia sua posição, mas também provoca uma onda de críticas de dentro do PT, incluindo reações da primeira-dama e da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Essa defesa, vista como uma maneira de minimizar as acusações e desacreditar as investigações, gerou um desconforto considerável no partido e trouxe à tona a discussão sobre possíveis punições a Quaquá.

A Aliança estratégica com Eike Batista e José Dirceu

Em um movimento que muitos interpretam como um recado direto para Lula e Janja, Quaquá convidou Eike Batista para discutir projetos de desenvolvimento industrial em Maricá. Essa relação parece servir como uma forma de Quaquá afirmar sua posição dentro do PT, deixando claro que não se deixará intimidar por críticas, especialmente das figuras proeminentes como Janja.

A presença de Eike, um empresário conhecido por seu passado polêmico e suas dificuldades legais, pode ser vista como uma tentativa de Quaquá de consolidar sua influência e praticar uma política de alianças. Ao associar-se a um nome tão controverso, Quaquá se posiciona como alguém que busca inovação e desenvolvimento, ao mesmo tempo que desafia as críticas internas que têm surgido.

Recado Direto para Lula e Janja

Esse movimento de associação com Eike Batista é interpretado por analistas políticos como uma forma de Quaquá enviar um recado claro para Lula e Janja: ele não aceitará interferências em sua atuação política.

Ao estreitar laços com uma figura tão emblemática e, em muitos aspectos, polarizadora, Quaquá demonstra que está disposto a desafiar as normas e expectativas, enfatizando uma postura de resistência às críticas que recebeu.

Por Jornal da República em 16/01/2025

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